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MÊS DA MULHER

Após falhas na proteção à mulher, Campo Grande anuncia novas medidas

Plano inclui Ouvidoria da Mulher e escola de capacitação, mas expõe desafios na manutenção da Casa da Mulher Brasileira

Evento foi na Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande - Foto: Duda Schindler/ RCN 67
Evento foi na Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande - Foto: Duda Schindler/ RCN 67

Durante o mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher e quase um mês após o Caso Vanessa, que expôs falhas na rede de proteção à mulher, a Secretaria Executiva da Mulher de Campo Grande (Semu) apresentou um plano de políticas públicas para as mulheres, durante evento na Casa da Mulher Brasileira (CMB).

Entre as ações, está a implantação da Ouvidoria da Mulher, um canal de suporte destinado à comunidade para registro de reclamações, solicitações ou sugestões sobre o atendimento da CMB e da Semu.

Durante o evento, a secretária executiva da Semu, Angélica Fontanari, afirmou que houve redução nos primeiros atendimentos da Casa da Mulher Brasileira, mas o número geral de atendimentos realizados aumentou. “O número de serviços utilizados na casa foi aumentando. As pessoas estão solicitando atendimentos na Defensoria, na Promotoria, no nosso setor psicossocial, ou seja, os números de atendimento aumentaram”, explicou Angélica.

Segundo Angélica, a redução foi percebida por meio do 3º Dossiê Mulher, que segundo a secretária estaria disponível pela manhã no site da secretaria, porém até o fechamento da matéria o documento não estava disponível. Ele deve reunir informações sobre os serviços prestados pela Casa da Mulher Brasileira no ano de 2024.

Além da implantação da Ouvidoria da Mulher, deve ser criada a Escola de Capacitação para as Mulheres, que busca oferecer cursos de capacitação na modalidade EAD e presencial, em diversos segmentos. Com previsão de início para o dia 24 de março, serão disponibilizadas 5.500 vagas para que as mulheres possam desenvolver-se profissionalmente e alcançar independência financeira.

No evento, que reuniu autoridades do setor público, a prefeita Adriane Lopes reiterou que a administração da Casa da Mulher Brasileira é realizada em conjunto: “30% pela Prefeitura e 70% pelo governo do Estado”, explicou. Adriane também enfatizou que, nos 10 anos de existência da Casa, o Governo Federal disponibilizou recursos por apenas dois anos.

“Nossa provocação é para que haja recursos para a manutenção da Casa da Mulher Brasileira, não só de Campo Grande, mas também das outras cidades do país. O recurso que veio para a CMB foi apenas por dois anos, 2015 e 2016. E nossa provocação é para que esse recurso tenha continuidade”, afirmou Adriane.

O evento marcou o início de uma programação voltada para as mulheres, que deve ocorrer durante o mês de março, com finalização no dia 28, com a segunda edição do Podcast – Liderança Empreendedora.