O Brasil inicia uma nova fase na rastreabilidade de bovinos e búfalos com o Plano Nacional de Identificação Individual (PNIB). A medida, que será adotada até 2032, estabelece um sistema informatizado para monitorar a movimentação e a sanidade dos animais. O objetivo é atender às exigências internacionais por maior transparência e segurança alimentar.
O plano prevê uma implementação gradual. Até 2026, será estruturada uma base de dados nacional. Entre 2027 e 2029, começará a identificação individual dos animais, com a meta de registrar todo o rebanho até 2032. A rastreabilidade busca garantir controle sanitário e agregar valor à carne brasileira, fortalecendo sua competitividade no mercado global.
Estados com certificações sanitárias avançadas devem se beneficiar do PNIB. Mato Grosso do Sul, por exemplo, está prestes a receber o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação. A identificação dos animais reforça a credibilidade sanitária do país e amplia oportunidades para exportação.
A adoção desse sistema exige investimentos em tecnologias como brincos eletrônicos, monitoramento digital e softwares de gestão. Apesar dos custos iniciais, a modernização da pecuária pode trazer ganhos de eficiência e facilitar o acesso a mercados premium, que oferecem melhor valorização da carne brasileira.
Além da rastreabilidade, o setor enfrenta desafios como novas regulamentações da União Europeia sobre o uso de antimicrobianos e a investigação do governo chinês sobre a importação de carne bovina. As mudanças exigem adaptação e monitoramento constantes para garantir a competitividade da pecuária nacional.