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CPI do Transporte define cronograma para investigar Consórcio Guaicurus

PI do Transporte Público em Campo Grande inicia análise documental e oitivas para investigar Consórcio Guaicurus até julho de 2025.

Comissão inicia análise documental e prevê oitivas até julho de 2025
Consórcio que administra o serviço pedirá estudo para reequilíbrio econômico do contrato - Divulgação/PMCG

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Público em Campo Grande, instaurada pela Câmara Municipal, deu o pontapé inicial para apurar irregularidades no serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus.

Com um cronograma estruturado em cinco fases, a investigação promete analisar contratos, ouvir autoridades e envolver a população até julho de 2025, quando o relatório final será apresentado. O objetivo é claro: trazer transparência e soluções para um sistema que há anos acumula reclamações de superlotação, frota antiga e tarifas elevadas.

Fase 1 – Compreender o Contrato

A comissão deve mergulhar na análise documental até o dia 17 de abril. O contrato de concessão, aditivos, balanços financeiros dos últimos cinco anos e a fiscalização do serviço entram no radar.

Auditorias independentes foram solicitadas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), à Procuradoria do Município e à OAB para identificar possíveis falhas.

A Câmara também prepara estrutura para oitivas e um canal de denúncias, garantindo transparência desde o início.

Fase 2 – Informações técnicas e jurídicas

Prevista para terminar em 15 de maio, abrirá espaço para as primeiras oitivas.

Secretários, procuradores, auditores e promotores vão depor sobre a gestão do transporte público, incluindo reajustes tarifários e repasses públicos.

Essa etapa busca informações técnicas e jurídicas para embasar as próximas ações da CPI, focando na responsabilidade dos órgãos de controle.

Fase 3 – Investigando o Consórcio

Entre 16 de maio e 5 de junho, a Fase 3 coloca o Consórcio Guaicurus no centro das atenções.

Diretores e gestores da empresa serão ouvidos, enquanto vistorias nos ônibus e auditorias nas tarifas esclarecem como os recursos públicos foram aplicados.

Constatações in loco vão revelar o estado real da frota, um dos principais alvos de críticas dos usuários.

Fase 4 – Ouvir a população

Já a Fase 4, de 6 a 19 de junho, dá voz à população e aos trabalhadores. Audiências públicas reúnem motoristas, cobradores, sindicatos e líderes comunitários para relatar as condições de trabalho e as falhas no serviço.

A participação popular reforça as provas e aponta caminhos para melhorar o transporte na Capital.

Fase 5 – Apresentação do relatório

Por fim, a Fase 5, entre 20 de junho e 17 de julho, consolida os resultados. Um relatório técnico será elaborado, detalhando irregularidades, apontando responsáveis e sugerindo melhorias na fiscalização.

As conclusões serão enviadas ao Ministério Público para medidas cabíveis, prometendo respostas concretas aos cidadãos de Campo Grande.

Com 120 dias de prazo inicial, a CPI pode ser prorrogada, mas o cronograma reflete o compromisso de agir com rapidez e profundidade. A população, que há décadas cobra um transporte digno, agora acompanha de perto essa investigação histórica.