A concessão da Hidrovia do Rio Paraguai, que terá formato único no país, teve seu processo licitatório definido para abril de 2025. A iniciativa prevê investimentos iniciais de R$ 63,8 milhões e tem como objetivo melhorar a logística de transporte aquaviário, além de reduzir os impactos ambientais.
Com duração prevista de 15 anos, o projeto abrange 600 km de extensão da hidrovia, com melhorias em pontos críticos para garantir a navegabilidade durante o ano todo, mesmo em períodos de estiagem.
A expectativa é que o transporte de cargas no trecho, que atualmente atinge 7,95 milhões de toneladas, cresça para 30 milhões até 2030. A concessão, que também contempla a manutenção de serviços como dragagem e balizamento, tem como um dos principais objetivos o escoamento eficiente de produtos e a melhoria no transporte da produção regional.
O deputado estadual Paulo Duarte (PSD), natural de Corumbá e envolvido com as questões econômicas na região, se posicionou favorável à concessão. Ele destaca que a discussão sobre os impactos ambientais não deve obscurecer os benefícios logísticos para a região.
“A hidrovia é a principal alternativa para o escoamento de produtos, como o minério de ferro. A dragagem não afetará o leito do rio de forma geral, mas apenas pontos críticos” – deputado estadual Paulo Duarte (PSD).
O deputado ainda frisou que a intervenção será limitada e fiscalizada. Segundo ele, a estrada pode causar um grande impacto na fauna local, “a infraestrutura rodoviária não foi planejada para suportar o tráfego pesado atual”, concluiu.
A concessão da Hidrovia do Rio Paraguai será debatida em audiência pública promovida pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) no dia 10 de abril, em Corumbá, município a 425 km de Campo Grande.
