Mato Grosso do Sul passou a ocupar a segunda posição no ranking nacional de geração centralizada de energia elétrica a partir de biomassa, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no início de abril. O estado alcançou capacidade instalada de 2.439 megawatts (MW), superando Minas Gerais, que possui 2.186 MW. São Paulo mantém a liderança com 6.995 MW.
O avanço foi impulsionado pela entrada em operação de duas novas usinas térmicas de biomassa, localizadas em Sidrolândia e Ribas do Rio Pardo. Em Sidrolândia, a unidade utiliza resíduos florestais para gerar 53,1 MW. Já em Ribas do Rio Pardo, a geração é feita com licor negro, um subproduto do processamento da madeira, com capacidade de 384 MW.
O crescimento da geração por biomassa em Mato Grosso do Sul é resultado da expansão do setor de bioenergia, com a instalação de grandes empreendimentos voltados à produção de etanol, celulose e energia a partir de resíduos.
O governo estadual implementou políticas de incentivo, como isenção de ICMS para microgeração e eliminação da cobrança de compensação ambiental em projetos de energia limpa, com o objetivo de atrair investimentos e reduzir custos no setor.
Em 2024, o estado registrou uma capacidade total instalada de 9.843 MW, o que representa um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Desse total, 94,1% são provenientes de fontes renováveis. A diversificação da matriz elétrica tem sido acompanhada pelo monitoramento técnico das iniciativas em curso, com foco na ampliação da participação das energias renováveis.