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MICROFONE ABERTO

Rede de transplantes em Mato Grosso do Sul enfrenta desafios

Impasses entre instituições e a alta taxa de recusa familiar dificultam a realização de transplantes, enquanto ações de conscientização buscam reverter o cenário

Ao menos, 39 transplantes foram realizados em 2024, no estado - Foto: Divulgação/HRMS
Ao menos, 39 transplantes foram realizados em 2024, no estado - Foto: Divulgação/HRMS

Os transplantes em Mato Grosso do Sul enfrentam desafios significativos, com a rede estadual passando por momento de reestruturação. A falta de acordo entre a Santa Casa e o poder público tem afetado diretamente a realização dos procedimentos de transplante no estado.

Sem uma resolução, órgãos disponíveis acabam sendo enviados para outros estados. Em 2024, a Santa Casa realizou apenas 28 transplantes de rim, enquanto o Hospital do Pênfigo, especializado em transplantes de fígado, registrou 11 no mesmo período.

Outro grande desafio é a alta taxa de recusa familiar à doação de órgãos, que ultrapassa 40% a nível nacional, sendo ainda maior em Mato Grosso do Sul.

O diretor do Instituto Sangue Bom, Carlos Alberto Rezende, popularmente conhecido como professor Carlão, destacou em entrevista ao programa Microfone Aberto, nesta quarta-feira (19), que “a conscientização sobre a doação de órgãos é essencial”.

Ele recomenda que as pessoas manifestem seu desejo de doar para suas famílias e formalizem essa vontade em cartório.

Em resposta a essas dificuldades, a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MS) criou um grupo de trabalho para elaborar um plano estadual de doação e transplantes. Carlão afirmou que, apesar do sistema funcionar, ainda existem gargalos que precisam ser resolvidos.

O Instituto Sangue Bom, com ações desde 2015, continua trabalhando para aumentar o número de doadores, já tendo realizado mais de 5.300 campanhas de conscientização.

Confira a entrevista completa com professor Carlão e Bruno Callegari: