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INCLUSÃO

UEMS lidera inclusão indígena no ensino superior com política pioneira de cotas

Universidade estadual de Mato Grosso do Sul mantém política de 10% de reserva de vagas para indígenas em todos os cursos desde 2002

Em 2024, 615 indígenas se matriculara em cursos da instituição - Foto: Reprodução/ UEMS
Em 2024, 615 indígenas se matriculara em cursos da instituição - Foto: Reprodução/ UEMS

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) foi a primeira instituição de ensino superior do Brasil a implementar a reserva de 10% das vagas de graduação para indígenas. A política de cotas, em vigor desde 2002, impacta diretamente a inclusão de povos originários nas universidades, com 615 indígenas matriculados em cursos da instituição em 2024.

A iniciativa representa uma política pública permanente e contribui para a formação acadêmica e profissional de indígenas de diversas etnias. A UEMS também é responsável pela criação do primeiro curso de Pedagogia Intercultural, além de formações específicas em agroecologia voltadas para indígenas do Pantanal e indígenas em situação de semiliberdade.

Em duas décadas de aplicação, a reserva de vagas influenciou na formação de professores indígenas e no fortalecimento de escolas localizadas em aldeias. As ações também resultaram no crescimento de comunidades atendidas, com aumento populacional e expansão da infraestrutura educacional local.

A universidade realiza formações específicas com foco na valorização dos saberes tradicionais, ampliando a atuação profissional de estudantes indígenas em áreas como educação, meio ambiente e políticas públicas. As ações refletem também em práticas de pesquisa e extensão voltadas às realidades locais.

A política de cotas é mantida por meio de legislação estadual e integra os esforços do Governo de Mato Grosso do Sul para ampliar o acesso ao ensino superior.