Representantes da empresa Arauco e das secretarias de Infraestrutura e Logística (Seilog) e de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) se reuniram esta semana para discutir o cronograma de obras rodoviárias que darão suporte à instalação da megafábrica de celulose da Arauco, no leste de Mato Grosso do Sul.
A principal pauta do encontro foi a pavimentação das rodovias MS-377 e MS-320, que são cruciais para o projeto da fábrica, localizada no município de Inocência.
A previsão é que as obras comecem ainda este ano, com a pavimentação de 63 km da MS-320 sendo licitada até o final de 2024, enquanto a MS-377 terá 48 km restaurados e uma nova licitação prevista para o início de 2025, incluindo a construção de uma terceira faixa em pontos estratégicos para facilitar o trânsito e melhorar a segurança.
Além disso, será criado um novo acesso pela MS-377 para garantir a fluidez do tráfego no entorno da futura fábrica.
Outro ponto destacado na reunião foi a construção de um novo aeródromo em Inocência, que já está com 40% das obras concluídas, com um investimento de R$ 15,4 milhões. A cidade de Paranaíba também passa por melhorias em seu aeródromo, com 99% dos serviços já executados, ao custo de R$ 5 milhões.
O diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arauco, Teófilo Militão, ressaltou a importância da colaboração com o governo estadual para garantir a previsibilidade das obras, fundamental para o andamento do projeto da fábrica, que já iniciou as etapas de terraplanagem e deve gerar cerca de 14 mil empregos no pico da construção.
O investimento total da Arauco no estado é estimado em R$ 25 bilhões, e a fábrica deve entrar em operação em 2028. A implantação desse empreendimento é vista como um marco para o desenvolvimento econômico da região, consolidando a área como o “Vale da Celulose”, devido à relevância do projeto no cenário mundial do setor de celulose.
Além das obras rodoviárias, o governo também estuda parcerias público-privadas para a restauração e manutenção das rodovias MS-377 e MS-240, que conectam Água Clara a Paranaíba, utilizando recursos do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).
*Com informações da Agesul