A jovem que morreu vítima de um acidente na avenida Afonso Pena está sendo velada hoje em Campo Grande. Anne Carolline Barros, foi mais uma vítima da violência no transito da Capital. Já são 31 mortes nos primeiros seis meses do ano, segundo dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).
Para o padrasto, Diego Sertori, a ficha ainda não caiu. “É inexplicável. Até agora a gente não se conforma. Toda hora acha ela vai abrir o portão e vai entrar de volta. Não tenho o que descrever nesse momento. É uma pessoa que só quem convive sabe a falta que vai fazer. Onde ela passava, deixava a luz”.
Anne tinha 25 anos e recentemente se formou em medicina. A família decidiu doar os órgãos da jovem que teve a morte cerebral constatada na segunda-feira (17). Uma irmã de Diego revelou a ele que Anne já havia manifestado o desejo de ser doadora. Segundo o padrasto, a decisão é uma maneira de continuar o legado da médica, que sempre quis ajudar pessoas.
“Ela fez medicina como uma forma de ajudar as pessoas. Era uma menina extremamente bondosa. Tudo que ela fazia tinha luz. Uma menina muito viva. E é uma forma de continuar a trajetória dela aqui na Terra, de fazer com que ela ajude mais pessoas. E o coraçãozinho dela continuar batendo aqui na Terra, com a gente”.
O velório está sendo realizado em uma capela na Rua Treze de Maio, número 4477, bairro São Francisco. O sepultamento está previsto para às 9h30, no cemitério Jardim da Paz, que fica no km 2 da BR 060, saída para Sidrolândia.
Anne foi vítima de um acidente na manhã do domingo (16). O carro onde ela estava colidiu contra um poste de energia elétrica na Avenida Afonso Pena, na esquina com a Rua Terenos. Ela foi encaminhada em estado gravíssimo para a Santa Casa. O veículo era conduzido por um jovem de 27 anos que também foi levado para o hospital com lesões graves.
No carro foram encontradas uma garrafa de whisky e uma lata de energético vazias, além de um copo térmico. Segundo a polícia, o teste de bafômetro não foi feito no local devido à gravidade do acidente. No hospital, a Polícia Militar tentou fazer o teste por pelo menos duas vezes, mas o condutor se recusou.
O caso está sendo apurado pela 1º Delegacia de Polícia da Capital.