Na última terça-feira (30), a prefeita Adriane Lopes (PP) assinou decretou declarando situação de emergência em saúde pública em Campo Grande. A medida foi adotada em função da falta de leitos de UTI neonatal e pediátrica na rede própria e privada de urgência e emergência em decorrência do aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave.
Nas unidades de saúde, as filas tornaram-se constantes todos os dias, com mães e pais desesperados, com crianças de colo que sofrem os efeitos da doença e que necessitam de atendimento imediato.
De acordo com dados do painel de monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), de janeiro a abril deste ano Campo Grande registrou 1.033 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desse total, 51% são de crianças de zero a 9 anos.
Nos quatro primeiros meses de 2023, foram registrados 1.346 casos de SRAG em Campo Grande e 128 mortes, sendo 15 de crianças até 9 anos. Neste ano, Campo Grande acumula 68 mortes, sendo três de crianças até 9 anos e 42 de idosos com mais de 60 anos.
Os números mostram que a gestão municipal, pela experiência adquirida no ano passado, deveria ter se planejado melhor para enfrentar a situação este ano. O que se vê é que a prefeitura age de improviso, por meio de decreto para tentar conter a crise que coloca em risco a vida de milhares de pessoas, principalmente crianças e idosos.
Trata-se, portanto, de uma crise anunciada. Neste ano, os casos de SRAG em Campo Grande começaram a aumentar em abril, sendo que em 2023 a gravidade dos casos aconteceu a partir de março.
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