O setor mineral de Mato Grosso do Sul tem vivenciado um período de grande crescimento nos últimos anos. De acordo com dados da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), a produção de minérios como ferro, manganês e calcário tem registrado um aumento expressivo, impulsionando a economia do estado.
Eduardo Pereira, coordenador de mineração e gás da Semadesc, destaca que o valor da produção mineral (VPM) alcançou a marca de 11,8 bilhões de reais no período de 2020 a 2024, um crescimento significativo em comparação aos anos anteriores. "Esse crescimento foi impulsionado por novos investimentos, avanços tecnológicos e políticas públicas favoráveis", afirma o coordenador.
A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) também apresentou um aumento considerável, passando de 129 milhões de reais no período de 2016 a 2020 para 318 milhões de reais até julho de 2024. "É um incremento significativo, nós praticamente fizemos uma vez e meia do que nós arrecadávamos até 2020", destaca Pereira.
Municípios como Miranda e Caracol também têm se destacado na exploração mineral, com potencial para a extração de minerais estratégicos para a transição energética, como titânio e cobre.
Apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios como a volatilidade dos preços dos minérios no mercado internacional, a necessidade de qualificação da mão de obra e a preocupação com a sustentabilidade ambiental.
"A mineração pode gerar impactos ambientais, mas estamos trabalhando para mitigar esses impactos através de tecnologias e práticas sustentáveis", afirma Eduardo Pereira. "A Semadesc realiza um trabalho rigoroso de fiscalização e acompanhamento das atividades minerárias, garantindo a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável do setor".