Quando se fala em agilidade e fluidez no trânsito logo se pensa em mobilidade urbana. No entanto, muito além do conceito restrito de carros e vias, a mobilidade urbana é um conceito mais amplo que abrange por exemplo, uso e ocupação de solo.
O arquiteto e urbanista, Fayez José Rizk explicou que a maior dificuldade em progredir com o assunto é a falta de conhecimento da definição.
“A face mais visível da mobilidade urbana é o tráfego da cidade, mas são fatores sociais, econômicos, históricos, geográficos, culturais, a maneira de como as pessoas se comportam, o crescimento da cidade, então é uma coisa muito mais complexa do que as pessoas costumam ver, infelizmente o nosso estado tem carência de um órgão de mobilidade urbana”.
Incentivador da mobilidade a pé, ele que é um dos projetistas da nova Rua 14 de Julho, Rizk ironizou um comportamento típico do campo-grandense, o uso do veículo para atividades corriqueiras. “Campo-grandense tem cabeça, tronco e carro – para ir a padaria tem que ir de carro”.
Entre os indicadores que demonstram a inversão de conceitos de mobilidade na Capital é o número de veículos. Só em Campo Grande são mais de 641 mil carros.
“Isso dá um sinal muito ruim de que a economia da cidade não está bem e que o sistema de coletivo faliu. Hoje nós temos ônibus circulando na cidade, mas hoje nós não temos tráfego urbano de ônibus”.
A entrevista completa você acompanha aqui: