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DESDE 2023

MP cobra prefeitura de Campo Grande sobre fila de exames de eletroencefalografia

A ação foi motivada por denuncia de cancelamento injustificado do exame em um paciente com epilepsia, revelando uma fila de 1.142 pessoas.

MPMS vai investigar motivos da fila de espera. Alguns pacientes aguardam desde 2023. Foto: Gerada por IA
MPMS vai investigar motivos da fila de espera. Alguns pacientes aguardam desde 2023. Foto: Gerada por IA
Órgãos públicos são cobrados por solução para 1.142 pacientes

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu um inquérito civil para investigar a extensa espera por exames de eletroencefalografia (EEG) em Campo Grande.

A ação, iniciada pela 76ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública, foi motivada por uma reclamação sobre o cancelamento injustificado do exame de um paciente com epilepsia fármaco-resistente, revelando uma fila de 1.142 pessoas aguardando o procedimento, essencial para diagnosticar e monitorar condições neurológicas.

Fila expõe crise no atendimento

A denúncia partiu da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), que apontou uma grave defasagem no acesso ao EEG. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), a espera mais antiga data de 9 de setembro de 2023, ultrapassando um ano. Apenas a Santa Casa e o Hospital Nosso Lar oferecem o exame pelo SUS na capital, o que agrava o problema. Apesar do reagendamento do caso inicial, o MPMS identificou uma crise sistêmica no atendimento.

Tipos de exames em foco

O inquérito busca assegurar a oferta de diferentes modalidades de eletroencefalograma, como os realizados em vigília (com ou sem fotoestímulo), em sono induzido (com ou sem medicação) e o quantitativo com mapeamento.

A demora compromete o acompanhamento de pacientes com epilepsia e outras doenças neurológicas, impactando diretamente a saúde pública.

Resposta da prefeitura

A SESAU reconhece a fila e informou que o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) passou a integrar o Programa MS Saúde para realizar os exames, mas esclareceu que o HRMS não é gerido pelo município.

O MPMS agora cobra providências concretas tanto da SESAU quanto da Secretaria Estadual de Saúde (SES) para reduzir a espera e melhorar o acesso ao procedimento.