O Ministério Público Federal publicou uma nota nesse domingo (27) em que determina que órgãos públicos e entidades (diretamente ou indiretamente envolvidas) disponibilizem informações sobre o conflito entre indígenas e polícias em Amambai, município que fica a 351 km de Campo Grande, perto da fronteira com o Paraguai. São eles: Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado de Mato Grosso do Sul (incluindo as polícias Civil e Militar que atuam em Amambai), Ministério Público da Comarca de Amambai, Hospital Regional de Amambai, Clínica de Saúde Indígena (Casai) de Amambai, Instituto Médico Legal (IML) de Amambai, Coordenação Regional da Funai em Ponta Porã (MS) e unidade da Polícia Federal de Ponta Porã.
Além disso, o MPF também disse que será feita uma perícia antropológica na região do confronto, para verificar se houve violação de direitos no local. A perícia será feita por um analista do órgão entre esta terça-feira (28) e a próxima sexta-feira (1º).
No final da nota, o Ministério Público disse que vem acompanhando a situação nos arredores da aldeia Amambai desde o fim de maio, quando teve uma tentativa de retomada de terra. Foi então instaurado na ocasião um procedimento preparatório que ordenou a expedição de um ofício ao DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e Polícia Civil, para que prestassem apoio com objetivo de evitar conflito entre indígenas e fazendeiros. “Apesar disso, registrou-se o confronto entre indígenas e forças policiais estaduais na última sexta-feira (24), data em que o MPF realizou os contatos iniciais a fim de impedir o acirramento dos ânimos no local.”, conclui o órgão na nota.