Com a previsão de uma temporada crítica de seca, o Governo do Estado decretou emergência ambiental por 180 dias. O documento foi assinado pelo governador e demais autoridades na manhã desta quinta-feira (27), no Bioparque Pantanal, durante o lançamento oficial do ‘Pacto Pantanal’.
A medida busca antecipar ações de prevenção e combate a incêndios florestais no Pantanal, permitindo maior agilidade na mobilização de recursos e equipes especializadas.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Jaime Verruck, explicou que a decisão foi baseada em estudos climáticos que apontam um volume hídrico abaixo da média histórica para o período.
“Esse decreto permite que o Estado organize suas ações de prevenção e resposta. Sabemos que, provavelmente, daqui a um mês já estaremos lidando com incêndios no Pantanal”, afirmou.
Ainda durante o evento nesta manhã, o Governador do Estado, Eduardo Riedel, falou sobre a importância das ações de preservação e a necessidade de investimentos para a manutenção do Pantanal.
“O importante é dizer que os incêndios no Pantanal não irão acabar. Eles terão outras edições, mas a gente trabalha para o impacto ser muito menor nos anos que vêm para a frente. E isso graças à parceria estabelecida aqui com o governo federal.”
Também entre as autoridades que assinou o decreto, o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), André Lima destacou a articulação entre os governos estadual e federal para definir estratégias e recursos no enfrentamento dos incêndios florestais, diretamente ligado à justificativa para o decreto de emergência ambiental.
“Nós estamos justamente ultimando o planejamento das ações integradas entre o Governo Federal e o Governo Estadual. No ano passado, só para o Pantanal, o Governo destinou 145 milhões de reais para combate a incêndio no Pantanal. Então, este ano, nós, em parceria com o Estado, vamos definir qual é o orçamento necessário e tratar disso na sala de discussão que o Ministério, que cada servidor da presidência da República criou para discutir a questão de incêndio”, concluiu
Mobilização
O decreto de emergência ambiental possibilita a contratação de profissionais para atender demandas temporárias, a compra de equipamentos e a mobilização de equipes para regiões de risco. Além disso, permite ações de combate a incêndios e autoriza a entrada de autoridades e agentes públicos em propriedades para oferecer assistência.
Também foi aprovado o plano de operações do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) com investimentos de mais de R$ 34,8 milhões para ações de combate aos incêndios florestais no ano de 2025. A previsão é de que nos meses mais críticos de estiagem – entre junho e agosto –, quando a incidência de fogo é maior, 177 militares estejam em atuação todos os dias na área, que aina terá 11 bases avançadas operacionais com equipamentos e materiais especializados necessários que garantem uma rápida resposta ao fogo em áreas remotas do bioma.
“Estamos preparados, com todo o planejamento e as equipes já em campo realizando ações preventivas. E quando os incêndios se intensificarem estaremos a postos para atender de maneira eficiente para controle e extinção das chamas, protegendo as pessoas e o meio ambiente”, afirmou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros de MS, coronel Frederico Salas.