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Queimadas

MS está em situação de alerta para queimadas no Pantanal

Número de focos de calor esse ano é 16 vezes maior que no mesmo período do ano passado

Somando MS e MT, o Pantanal já registrou 653 focos de calor em 2024 - Foto: Mayke Toscano/Secom-MT
Somando MS e MT, o Pantanal já registrou 653 focos de calor em 2024 - Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Com chuvas abaixo da média, Mato Grosso do Sul está em estado de alerta para as queimadas no Pantanal. De janeiro até abril deste ano, o estado já registrou 355 focos de calor no Pantanal. O número é bem maior que o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 22 focos, segundo dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo o coordenador do PrevFogo/MS, Márcio Yule, esse aumento está relacionado ao baixo nível de água no rio Paraguai, além do volume de chuvas que está abaixo da média esperada.

Yule também aponta um outro dado preocupante para o bioma. “O tamanho da área queimada deste ano, de 1º de janeiro até agora, é maior que 2020. Então isso preocupa. São 239 mil hectares queimados contra 209 mil de 2020, que foi um ano extremamente complicado”.

Segundo ele, a situação atual é de alerta e prevenção, começando pela contratação de 145 novos brigadistas, um número maior que o contingente do ano passado. As queimas prescritas também serão intensificadas.

“A gente contratava antes três brigadistas de queima prescrita, o ano passado seis, e esse ano a gente vai contratar nove. Sendo que seis vão ficar na terra indígena Kadiwéu, que é uma área bastante grande. São cerca de 40 mil hectares. E vamos começar agora, até no meio do mês, o trabalho de realização desse levantamento de áreas mais críticas, fazer essas queimas prescritas, incentivar a queima controlada”.

O estado também conta com algumas câmeras inteligentes, de monitoramento em tempo real, que captam alterações no ambiente. Elas foram disponibilizadas pelo Projeto Pantera e estão instaladas em pontos estratégicos, como na base do Instituto Homem Pantaneiro, na Serra do Amolar. “É uma câmera de 360 graus, então ela faz o círculo todo, e capta qualquer alteração daquele cenário. Qualquer fumaça, ele já emite uma alerta, vai no celular das pessoas que têm esse acesso e já é desencadeada uma resposta a esse princípio de incêndio”.

Segundo Yule, o momento é de preparação para que nos meses mais críticos, como agosto, setembro e outubro, o combate aos incêndios no Pantanal possa ser feito da melhor maneira possível.