Na tarde desta terça-feira (2), técnicos do Ministério da Saúde apresentaram os resultados do último levantamento de dados sobre a situação da dengue no país. Mato Grosso do Sul aparece entre os sete estados (veja mapa abaixo) em alerta para o aumento no número de casos.
Entre os estados com a maior taxa de incidência para a dengue, MS ocupa a 14ª posição, com 421,9 casos para cada grupo com 100 mil habitantes, o que corresponde a um caso a cada 237 pessoas.
No último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), na semana passada, a taxa de incidência para a dengue estava em 400,8 casos. Isso correspondia a um caso entre 250 pessoas. Mato Grosso do Sul registrou seis mortes por dengue neste ano, nos municípios de Dourados (2 óbitos), Maracaju, Chapadão do Sul, Laguna Carapã e Coronel Sapucaia (um óbito cada).
No país, o Distrito Federal aparece na primeira posição, com a maior taxa de incidência, 6.804 casos para cada 100 mil habitantes (um caso entre 14 pessoas). Já o estado de Roraima ocupa a última posição com taxa de 54,2 (um caso a cada 1.845 pessoas).
Sintomas da dengue
Os principais sinais da doença são febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, diarreia, dor de cabeça ou ao redor dos olhos e dores musculares e nas articulações.
É importante ficar atento à chamada fase crítica, que ocorre após três a sete dias do início dos sintomas e pode evoluir rapidamente para uma forma mais perigosa. É quando a febre começa a baixar, que os sintomas da dengue grave surgem, com os seguintes sinais: dor abdominal intensa, vômito persistente, às vezes até com sangue, sangramento nas gengivas ou nariz, dificuldade respiratória, confusão mental, fadiga, náuseas, queda da pressão arterial e sangue nas fezes.
“A falta de ar naquelas pessoas que têm um derrame pleural também tem sido observada com muita frequência”, afirma o infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha, especialista em arboviroses e coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz.
Outro ponto de atenção importante é "não ficar em casa e se automedicar não é seguro. As 24 a 48 horas seguintes aos sinais de alarme são determinantes para evitar complicações e até morte. A orientação é sempre procurar atendimento médico imediatamente".
Pode ocorrer ainda coceira no corpo, muitas vezes acompanhada de vermelhidão com manchas de várias características. No caso da dengue, é comum coceira na palma da mão e na planta dos pés. Esses sintomas ocorrem também na zika e chikungunya.
Prevenção ao mosquito transmissor
Reserve 10 minutos por semana para acabar com possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. Elimine qualquer recipiente com água parada ou que possa acumular o líquido.
Além disso, aplique repelente em toda a família, principalmente nas crianças, grupo de risco da doença. Telas em portas e janelas também são ótimas formas de prevenção.
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