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Nova frota do Samu deve reduzir tempo de resposta e ampliar atendimento em Campo Grande

Entrega de sete ambulâncias integra esforço para modernizar a rede de urgência e enfrentar alta demanda por serviços de saúde.

Novas ambulâncias estacionadas no pátio da Secretaria Estadual de Saúde - Foto: Fernando de Carvalho/Portal RCN67
Novas ambulâncias estacionadas no pátio da Secretaria Estadual de Saúde - Foto: Fernando de Carvalho/Portal RCN67

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Campo Grande recebeu nesta sexta-feira (25) reforço para o atendimento da população: sete novas ambulâncias foram incorporadas à frota, sendo seis de suporte básico e uma de suporte avançado.

A entrega dos veículos faz parte de um esforço para modernizar a estrutura e reduzir o tempo de resposta nas ocorrências de emergência.

Com as novas viaturas, o Samu passa a operar com 22 ambulâncias em atividade na capital. Segundo a coordenação do serviço, os novos veículos estão equipados para melhorar tanto a eficiência do socorro quanto as condições de trabalho dos profissionais de saúde.

“Essas novas ambulâncias vão garantir mais qualidade no atendimento e melhores condições para os profissionais”, afirmou a supervisora do Samu em Campo Grande Renata Veloso.

Ela explicou que a frota atende hoje tanto a capital quanto demandas do interior, já que Campo Grande absorve parte da população de outras cidades em busca de atendimento.

O serviço conta com ambulâncias de suporte básico, que atendem ocorrências de menor gravidade, como traumas leves e casos em que o paciente está consciente e respirando normalmente, e de suporte avançado, destinadas a situações críticas como paradas cardiorrespiratórias, ferimentos graves, amputações e partos de emergência.

Renovação e economia

A renovação da frota também representa economia para o município. Até então, parte do atendimento era feita com ambulâncias locadas em caráter emergencial devido à precariedade da frota anterior.

Com a chegada dos novos veículos, a prefeitura prevê uma economia significativa com o fim do contrato de locação, que se encerrará em julho.

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, lembrou que a situação da frota do SAMU há três anos era crítica, com ambulâncias constantemente em manutenção e incapazes de atender adequadamente a população.

“Tivemos que fazer uma locação emergencial de 10 ambulâncias na época, mas agora, com a renovação, esse contrato se tornará desnecessário”, afirmou.

Ampliação planejada

Além das viaturas entregues nesta sexta-feira, outras seis ambulâncias devem ser incorporadas até o final do ano, por meio de emendas parlamentares. Com isso, a frota do SAMU de Campo Grande deve se tornar ainda mais robusta.

A secretária também mencionou que, recentemente, o serviço implantou um novo sistema de gestão de ocorrências, que melhora o controle e a logística dos atendimentos.

Atendimento à demanda crescente

A modernização do Samu ocorre em meio a um cenário desafiador para a saúde pública da capital. Campo Grande tem cerca de 956 mil habitantes cadastrados no sistema, mas o número de cartões SUS ativos na cidade chega a mais de 1,4 milhão — reflexo da demanda vinda de municípios vizinhos.

A prefeita Adriane Lopes (PP) destacou que, mesmo com o aumento da demanda, a capital continua mantendo as portas abertas para pacientes de outras regiões do Estado. Ela afirmou que a renovação da frota é parte de um esforço maior para evitar o colapso do sistema de saúde.

“O objetivo é garantir atendimento rápido e de qualidade para quem precisa, independente da origem do paciente”, pontuou.

Expansão para comunidades indígenas

Além da renovação da frota urbana, outro projeto em andamento é a implantação do primeiro Samu Indígena do país, que deverá ser instalado em Dourados. A proposta prevê a criação de uma base dentro da reserva indígena, com viaturas e equipes treinadas para atender especificidades culturais e linguísticas das comunidades.

O veículo para o atendimento indígena já está em fase final de preparação no Ministério da Saúde. A expectativa é que a estrutura esteja pronta nos próximos meses, após ajustes administrativos com o município.

A iniciativa busca garantir atendimento de urgência mais rápido e eficiente nas aldeias, respeitando as particularidades locais.