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OPORTUNIDADE

Novo concurso nacional oferecerá 3.352 vagas com salários iniciais de até R$ 16 mil

Provas objetivas e discursivas serão realizadas entre outubro e dezembro; resultados devem sair em fevereiro de 2026

Provas objetivas e discursivas serão realizadas entre outubro e dezembro; resultados devem sair em fevereiro de 2026 - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Provas objetivas e discursivas serão realizadas entre outubro e dezembro; resultados devem sair em fevereiro de 2026 - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Foi anunciada nesta segunda-feira (28) a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), que vai oferecer 3.352 vagas para 35 órgãos da administração pública federal.

O modelo, criado em 2023 para concentrar seleções públicas em uma única prova nacional, tem como objetivo ampliar o acesso, reduzir custos e agilizar a reposição de servidores em diferentes áreas.

Dessa vez, serão 2.180 vagas de provimento imediato e outras 1.172 destinadas a cadastro de reserva, com previsão de chamada a curto prazo, conforme a homologação do concurso.

A distribuição das oportunidades será organizada em nove blocos temáticos — um a mais que na edição anterior — e as provas estão previstas para ocorrer em 228 municípios, com aplicação em duas fases: a objetiva em 5 de outubro e a discursiva, para os classificados, em 7 de dezembro. Os resultados devem ser divulgados em fevereiro de 2026.

Entre os órgãos com vagas disponíveis estão ministérios, agências reguladoras, fundações culturais e institutos de pesquisa.

O Rio de Janeiro concentra a maior parte das vagas regionalizadas (315), seguido por São Paulo (65), Pará (66) e Pernambuco (20). Os salários iniciais variam entre R$ 7 mil e R$ 16 mil, a depender do cargo e da estrutura de carreira.

O processo seletivo vai manter o modelo que permite ao candidato escolher múltiplas opções de cargo dentro de um mesmo bloco temático, ordenando por preferência. Segundo a equipe responsável, essa estratégia aumenta as chances de preenchimento das vagas e melhora a alocação de profissionais.

Uma das mudanças desta edição é o reforço nas medidas de segurança, com a adoção de códigos de barras individuais em todas as páginas das provas — em substituição ao antigo sistema de identificação por “bolinha”. A mudança visa coibir fraudes e facilitar a organização das respostas.

Outra inovação está no cronograma: a divisão do exame em duas datas tem como meta oferecer mais tempo para avaliação, evitar desgaste dos candidatos e melhorar o treinamento de fiscais, ponto que gerou críticas na primeira edição.

Apesar disso, o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) evita cravar o nome da banca organizadora neste momento — a contratação, por dispensa com chamamento público, deve ocorrer até junho.

As vagas foram definidas com base em um diagnóstico da força de trabalho do governo federal, que leva em conta a previsão de aposentadoria de cerca de 180 mil servidores nos próximos 10 anos. Entre 2010 e 2023, cerca de 246 mil já deixaram o serviço público.

Na primeira edição do CPNU, realizada em maio deste ano, cerca de 1 milhão de pessoas participaram das provas. Dos aprovados, 24,5% são pessoas negras, 6,8% com deficiência e 2,3% indígenas — dados que refletem a política de cotas do concurso.

O governo pretende transformar o CPNU em uma política permanente de ingresso no serviço público.

O edital com a lista completa de vagas e regras da seleção deve ser publicado em julho. Até lá, o MGI promete divulgar mais detalhes sobre as carreiras, blocos temáticos e conteúdo programático.

Veja a tabela completa com a quantidade de vagas clicando aqui.

*Com informações do MGI