Em 1999, responsável pelo programa de alimentação escolar no Rio Grande do Sul, a nutricionista, Irany Arteche disse que a vontade de fugir dos enlatados, adicionada ao conhecimento da agroecologia e agricultura familiar fizeram com que rapidamente sua atenção se voltasse à pesquisa de seu colega de mestrado e botânico, Valdely Ferreira Kinnupp, sobre plantas comestíveis. Daí em diante, o trabalho com o uso de plantas alimentícias não convencionais (Panc) não parou mais, inclusive, a tornando responsável pela criação do termo Panc.
Durante a entrevista do Jornal CBN CG desta quinta-feira (20), Irany contou de onde veio a inspiração para o nome e de como faz para transformar plantas que em alguns casos são chamadas de ervas daninhas em massas – como o mangará, umbigo da bananeira, temperos – com o picão branco – e outros.
A nutricionista está em Mato Grosso do Sul para participar do lançamento do Sesc Mais e Recanto das Ervas, do projeto Panc – Futuro na Mesa, que tem a proposta de incentivar a inserção das plantas alimentícias não convencionais e frutos do cerrado na alimentação diária de escolas e instituições sociais.
O evento será nesta quinta-feira (20) às 19h, no auditório do Crea/MS, com um painel de debates que contará com a participação da jornalista Márcia Chiad, criadora do Recanto das Ervas. Na sexta-feira (21) será realizado um dia de campo na Agrofloresta Flor do Cerrado Brasil, localizada no Indubrasil. Acompanhe a entrevista completa.