Na coluna de hoje do CBN em Pauta, o jornalista Edir Viégas discorre sobre o contrato em dólar assinado pelo prefeito Marquinhos Trad para a viabilização do Reviva Centro, iniciativa que ainda hoje traz muito mais prejuízos do que benefícios ao comércio da área central.
O contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a obtenção de recursos para o Reviva Centro II foi assinado em maio de 2017 pelo prefeito Marquinhos Trad, com carência de cinco anos para o início do pagamento do empréstimo.
“Uma obra emblemática que era para revitalizar o centro e trazer de volta o consumidor está dando errado, isso pela falta de planejamento e comunicação, a prefeitura deveria avisar os comerciantes, temos queda de faturamento, desemprego e a falência de diversas empresas”, afirma Viegas.
Isso significa que a conta chega no mês que vem. Mais um presente para os pagadores de impostos, que terão prazo de 25 anos para quitarem a dívida.
Como o dólar está hoje cotado em R$ 4,834, os cidadãos de Campo Grande devem R$ 270,7 milhões apenas ao BID, pois o contrato estabelece que para o Reviva Centro II a prefeitura teria que desembolsar igual valor, ou seja, outros R$ 270,7 milhões.
Isso significa que a conta chega hoje a R$ 541,4 milhões. Ao contrário do que anunciou o prefeito Marquinhos Trad, até agora as intervenções não trouxeram os avanços esperados.
Sem planejamento, as obras continuam prejudicando comércio, que amarga o fechamento de 1.505 empresas só no quadrilátero central e perda de 7,5 mil postos de trabalho. Esses dados são da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), de março de 2019.
“A conta do Reviva Centro chegou, que é um financiamento internacional, o dinheiro é do BID e no contrato assinado em 12 de maio de 2017 com uma carência de 5 anos para os pagamentos”, explica.
Ainda segundo o colunista, a conta do financiamento de US$ 56 milhões em 2017 pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), chegou com um valor total atualizado de R$ 541 milhões de reais.
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