Veículos de Comunicação

Escândalo

Operação do Gaeco mira corrupção na Federação de Futebol de MS

De acordo com a investigação, mais de R$ 6 milhões foram desviados durante cinco anos

Mais de R$ 800 mil em dinheiro foram apreendidos até o momento. - Foto: Divulgação/MPMS
Mais de R$ 800 mil em dinheiro foram apreendidos até o momento. - Foto: Divulgação/MPMS

Na manhã de hoje, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou a Operação Cartão Vermelho. A ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava dentro da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), desviando recursos públicos e privados em larga escala.

A operação cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. Mais de R$ 800 mil em dinheiro foram apreendidos até o momento.

Ao longo de 20 meses de investigação, o Gaeco apurou a existência de um esquema criminoso que se instalou na FFMS com o objetivo de desviar verbas provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio de convênios, subvenções e termos de fomento, além de recursos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Uma das principais formas de desvio era a realização de saques em espécie de contas bancárias da FFMS, em valores menores que R$ 5.000,00 para evitar o acionamento de mecanismos de controle. Estima-se que mais de 1.200 saques dessa natureza foram realizados, totalizando um montante superior a R$ 3 milhões.

Outro esquema de desvio envolvia diárias de hotéis pagos pelo Estado para os jogos do Campeonato Estadual de Futebol. A organização criminosa se apropriava de parte desses valores.

A prática de peculato também se estendia a outros estabelecimentos que recebiam recursos da FFMS. A organização criminosa exigia o retorno de parte dos valores pagos por serviços ou produtos contratados pela Federação.

Ao longo de quase cinco anos, entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023, a organização criminosa desviou mais de R$ 6 milhões da Federação.

*Com informações do MPMS