Policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros (Garras) cumpriram 15 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão durante a Operação Facilem Vitam (vida fácil, traduzido do latim), deflagrada nesta segunda-feira (03), contra o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.
Em Corumbá, na fronteira com a Bolívia, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e outros 13 mandados foram expedidos pela Justiça para endereços em Campo Grande, na região central e nos bairros Aero Rancho, Centenário, Guanandi, Los Angeles e Portal Caiobá. Entre os locais investigados, estavam pontos de distribuição e até de refino de cocaína.
De acordo com o Garras, uma pessoa segue foragida. Todos os seis presos são jovens, com idades entre 20 e 30 anos, entre eles uma mulher que estava com um bebê de colo na hora da prisão.
“Esses jovens não trabalhavam e tinham movimentação financeira e patrimônios milionários” – Pedro Pillar Cunha, delegado do Garras.
Em entrevista coletiva, delegados do Garras confirmaram, nesta tarde, que os presos não pertencem a facções criminosas conhecidas. Trata-se de um grupo com “hierarquia e distribuição de funções bem evidentes dentro da organização“.
O grupo criminoso era monitorado desde o final do ano passado, quando a justiça autorizou a quebra de sigilo bancário dos suspeitos. As movimentações financeiras variavam entre R$ 500 mil e R$ 3 milhões de reais, quantias provenientes do narcotráfico.
As investigações revelaram que a lavagem desse dinheiro ilícito ocorria, principalmente, no comércio de carros de luxo. Com o grupo foram apreendidos veículos de alto valor, como um carro da marca Porshe, uma moto BMW e até um Jet-ski.
O que mais impressionou os agentes de segurança foi a quantidade de armas encontrada com o grupo criminoso, que foi descoberto devido a uma série de homicídios registrados na capital. “Constatamos que eram homicídios com características de execução, muitas vezes em disputa por território do tráfico“, informou o delegado Pedro Pillar Cunha, responsável pelo inquérito.
Foram apreendidos 14 fuzis, pistolas e revólveres de diversos calibres. Armamento que, segundo o Garras, não era registrado e, portanto, entrou ilegalmente no país.
Os policiais também informaram que uma grande quantidade de cocaína pura foi apreendida na operação desta segunda, mas a droga ainda não foi pesada.
O delegado Roberto Guimarães disse que o próximo passo do Garras será “mapear todos os envolvidos nessa guerra contra a tomada dos pontos de venda de drogas na capital“.