Vistorias rigorosas estão sendo realizadas nesta semana nas unidades prisionais de Mato Grosso do Sul durante a sétima fase da Operação Mute. A ação, que ocorre em todo o país, busca impedir a comunicação de organizações criminosas dentro das cadeias e, consequentemente, reduzir a criminalidade nas ruas.
Durante as vistorias, policiais penais realizam buscas em celas e pavilhões para apreender aparelhos celulares, que costumam ser usados por presos para coordenar atividades criminosas. Em alguns estados, a operação também inclui a recaptura de foragidos da Justiça.
Nos últimos anos, a comunicação clandestina dentro dos presídios tem sido um dos principais desafios da segurança pública. Para combater essa prática, a Diretoria de Inteligência Penitenciária (Dipen) tem adotado medidas para reforçar a fiscalização e restringir o uso de celulares nas unidades.
Balanço
Somando todas as fases da operação, já foram apreendidos cerca de seis mil celulares no país. A ação tem mostrado resultados na redução de crimes violentos e no enfraquecimento da atuação de facções criminosas dentro e fora dos presídios.
A expectativa das autoridades é de que a intensificação das vistorias contribua para um controle mais eficiente das unidades prisionais e, consequentemente, para a segurança da população.
A Operação Mute é a maior já realizada pela Senappen, abrangendo mais de 500 unidades prisionais em todo o Brasil. Ao todo, mais de 20 mil agentes estão mobilizados para fiscalizar presídios que abrigam aproximadamente 400 mil detentos
Em todo o Brasil, a operação é coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em Mato Grosso do Sul, a operação é conduzida pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações (DOP) da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). Também participam agentes do Comando de Operações Penitenciárias (Cope), com supervisão da Senappen.