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Fiscalização

Operação tira de circulação 24 ônibus irregulares da rota Campo Grande/ São Paulo

Para-brisa quebrado, falta de cinto de segurança, poltronas quebradas e pneus carecas são algumas das irregularidades flagradas em MS

Fiscalização durou cerca de uma semana no estado
Fiscalização durou cerca de uma semana no estado | Foto: Reprodução/ ANTT

Na última semana, entre os dias 24 e 1° de fevereiro, a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) flagrou 24 ônibus irregulares circulando em Mato Grosso do Sul. Em sua maioria os veículos eram utilizados para o transporte de pessoas de Corumbá até São Paulo.

Helberth dos Santos Foto: Karina Anunciato

Segundo o Chefe do Escritório Regional de Fiscalização da ANTT em Campo Grande, Helberth dos Santos, boa parte dessas pessoas são levadas para a Capital paulista para trabalhar ilegalmente.

“Nossa atuação, ela é voltada para o transporte. Mas, de fato, existem outras questões que abarcam toda essa estrutura montada para transporte de bolivianos, ali na fronteira, Brasil/Bolívia, em Corumbá, até São Paulo. A grande maioria vai para a capital Paulista e lá em São Paulo, normalmente eles são vítimas de aliciadores. Não são todos, mas boa parte deles é empregado na indústria têxtil e a gente não sabe as condições. Então a nossa atuação sempre que possível tenta contato com outros órgãos para que eles estejam cientes do que está acontecendo”, explicou Helberth.

Na semana passada (29), um grupo de 71 bolivianos entrou no estado por meio de um ônibus clandestino. A suspeita é de que eles estavas sendo vítimas de tráfico humano.

Conforme o chefe de fiscalização da ANTT em Campo Grande, o principal foco da atuação do grupo é no transporte clandestino.

“A maioria deles não tem nenhuma autorização, não são nem cadastrados na agência. Esse é o clandestino que a gente chama de puro sangue, ele não tem nada. Normalmente esses esse tipo de e veículo há uma série de outras regularidades de segurança como para-brisa, cinto de segurança, poltronas quebrada, pneu careca, pneu no arame, são coisas que são rotineiras, extintor de incêndio vencido […], nós pegamos um nessa ação um casos que o extintor de incêndio venceu em 2015. São coisas que são um pouco fora da realidade do transporte regular”, descreveu.

Apesar de ser um rota conhecida utilizada para o transporte de pessoas e ilícitos, como drogas, devido a proximidade com a fronteira com a Bolívia, a falta pessoal é um das dificuldades estruturais da ANTT no estado.

“Nós temos esse problema de efetivo. Acho que a maioria dos órgãos, infelizmente acabam tendo esse problema. A gente queria sempre ter mais, mas tentamos, de acordo com o que nós temos fazer, o que é possível. Normalmente as ações, elas dependem de equipes vindas de fora para poder complementar, a gente busca sempre esse apoio de equipes de São Paulo, Minas, de outros estados para poder fazer as nossas ações de fiscalização”, resumiu. Atualmente, agência conta com apenas dois servidores para a fiscalização no estado.

Acompanhe a entrevista completa: