A Polícia Federal divulgou balanço das Operações Canis e Urano, deflagradas nesta quarta-feira (24) em cidades de Mato Grosso do Sul e outros quatro estados. Nestes trabalho, somente em dinheiro, foram localizados R$ 1,2 milhão, quantia que ficará apreendida em conta judicial. Esses recursos estavam em moeda nacional e dólar.
Além disso, policiais federais encontrar duas aeronaves que eram utilizadas para transportar cocaína e integrantes de um dos grupos criminosos. Esses aviões eram procurados no âmbito da Operação Canis. Não foi informado em que cidade as aeronaves estavam. Para essa operação, policiais foram a Campo Grande, Dourados, Bento Gonçalves (RS), Atibaia (SP) e Foz do Iguaçu (PR).
Essas operações são resultado de investigações conduzidas desde 2019 contra traficantes do Estado, que atuavam pelo Brasil e usavam aviões para trazer da Bolívia a cocaína que era vendida no país. Há também o envolvimento com o tráfico de maconha a partir do Paraguai, passando por Amambai e Naviraí. Nesse caso, um outro grupo está envolvido, porém ambas as organizações têm conexões que foram identificadas pela PF e a Receita Federal.
Os grupos criminosos investigados pela Delegacia da Polícia Federal de Corumbá conseguiram movimentar volume financeiro muito alto nos últimos três anos. A PF não divulgou valores movimentados, mas revelou que "as anotações referentes a balanço contábil do grupo apresenta cifras surpreendentes. Valor inestimável".
Nessas duas ações policiais, desencadeadas em conjunto porque os investigados atuam coligados, foi possível realizar a prisão de cinco envolvidos diretamente com os núcleos operativos. Os envolvidos presos estavam em Campo Grande, Dourados, Atibaia (SP), Bento Gonçalves (RS) e Foz do Iguaçu (PR).
Todos os documentos e outros materiais apreendidos a partir dos mandados de busca e apreensão serão trazidos para Corumbá, onde serão analisados pelo setor de investigação. A Perícia Oficial da PF também vai averiguar o material.
A Receita Federal teve função importante na investigação porque conseguiu identificar movimentações financeiras incompatíveis com empresas, que comprovaram estar ligadas aos criminosos. Elas serviam para ocultação de bens. Durante a Operação Urano, que focou em grupo que atuava no tráfico de maconha, seis empresas foram bloqueadas. Houve também o sequestro de 31 carros.
Os inquéritos da investigação prosseguem e as ações sobre esses casos tramitam na Justiça Federal de Corumbá e de Campo Grande.