Com a chegada do outono, as temperaturas começam a oscilar e o ar fica mais seco, criando um ambiente propício para a propagação de vírus e o aumento dos casos de doenças respiratórias. Durante entrevista ao Microfone Aberto desta sexta-feira (21), o pneumologista Ronaldo Queiroz destacou a importância da prevenção para evitar complicações nesse período.
Segundo o especialista, grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias pré-existentes, são os mais afetados pela queda na umidade do ar e pelo aumento da poluição. Rinite, asma, enfisema pulmonar e infecções respiratórias podem se agravar, exigindo cuidados redobrados.
“As condições climáticas do outono, como ar seco e frio, aumentam a concentração de poluentes e favorecem a propagação de vírus e bactérias. Isso pode levar a crises respiratórias em quem já tem doenças pulmonares e também elevar o risco de gripes e resfriados na população em geral”, explica o pneumologista.
Como evitar doenças respiratórias no outono?
Para minimizar os impactos das mudanças climáticas na saúde, Ronaldo Queiroz recomenda algumas medidas simples:
✅ Hidratação: Beber bastante água para evitar o ressecamento das vias respiratórias.
✅ Umidificação do ambiente: Utilizar umidificadores, toalhas molhadas ou bacias com água para manter a umidade do ar em níveis adequados.
✅ Ventilação: Manter os ambientes arejados para evitar a concentração de vírus e bactérias.
✅ Higienização: Lavar as mãos regularmente com água e sabão para reduzir o risco de contaminação.
✅ Evitar aglomerações: Locais fechados e com pouca ventilação aumentam o risco de transmissão de vírus respiratórios.
✅ Vacinação: Imunizações contra gripe, pneumonia e vírus sincicial respiratório são fundamentais para proteger os grupos de risco.
Covid e influenza ainda preocupam?
Apesar da queda na gravidade da Covid-19, o especialista esclarece que o vírus SARS-CoV-2 continua circulando e pode desencadear infecções respiratórias leves, semelhantes a gripes e resfriados.
Em relação às mortes recentes registradas por Covid e influenza em Mato Grosso do Sul, o pneumologista alerta que, na maioria dos casos, os pacientes tinham comorbidades e baixa imunidade, o que favorece infecções oportunistas, como pneumonia bacteriana.
“A Covid-19 perdeu agressividade, mas ainda pode enfraquecer o sistema imunológico, permitindo que bactérias causem infecções mais graves, como pneumonia. Por isso, quem apresentar febre prolongada e dificuldade para respirar deve procurar um médico”, orienta Queiroz.
Confira a entrevista completa: