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POLÍCIA

Pais que retiraram bebê da UPA sem autorização são presos após morte da criança

Residência onde bebê morava foi encontrada em condições insalubres, e testemunha citou uso de drogas

Residência onde bebê morava foi encontrada em condições insalubres, e testemunha citou uso de drogas - Foto: Divulgação/PCMS
Residência onde bebê morava foi encontrada em condições insalubres, e testemunha citou uso de drogas - Foto: Divulgação/PCMS

O casal suspeito de negligência após a morte de uma bebê de 10 meses em Campo Grande foi preso em flagrante nesta segunda-feira (15). A menina morreu por insuficiência respiratória provocada por broncopneumonia, dias depois de ter sido retirada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Universitário sem liberação médica.

Os pais, um homem de 38 anos e uma mulher de 23, devem responder por homicídio culposo e podem ser investigados por maus-tratos.

Segundo a polícia, os pais levaram a criança já desfalecida ao Corpo de Bombeiros do bairro Tijuca, que encaminhou a menina à UPA. Equipes médicas tentaram reanimá-la, mas a bebê não resistiu.

A investigação apontou que, na última sexta-feira (11), a menina já apresentava sinais de dificuldade para respirar e havia sido atendida na mesma unidade de saúde. Na ocasião, foi colocada em observação após passar por exames, mas os próprios pais a retiraram do local sem autorização médica, mesmo diante da gravidade do quadro clínico. Desde então, ela permaneceu em casa sem acompanhamento médico até morrer.

Após serem levados à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), os pais foram autuados em flagrante. Na residência da família, no bairro Tijuca, policiais encontraram a casa em condições consideradas insalubres, com acúmulo de sujeira e desorganização.

Uma testemunha ouvida durante as investigações relatou que o casal seria usuário de drogas e negligente com os filhos. A Polícia Científica realizou perícia no local.

O delegado Roberto Carlos Morgado Filho informou que, além do flagrante por homicídio culposo, foi instaurado inquérito para apurar se houve crime de maus-tratos qualificado — conduta agravada quando a vítima é menor de 14 anos.

*Com informações da PCMS