Campo Grande tem 897.938 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico 2022 feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mesmo não correspondendo às expectativas de ultrapassar a marca de um milhão de habitantes, a cidade morena é a terceira mais populosa do Centro-Oeste e a 17ª do Brasil.
O crescimento populacional traz muitos desafios, e um deles é a mobilidade urbana. Muitas pessoas caracterizam Campo Grande como uma “capital interiorana”, com um fluxo de pessoas e carros do que metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. O gerente bancário, Vinicius Batistella, utiliza sua motocicleta para ir ao trabalho e diz que por enquanto o trânsito em Campo Grande está tranquilo. “A mobilidade urbana de Campo Grande é bem tranquila. Nós temos um alto movimento, muito carro, muita moto, mas a gente consegue não ficar tanto tempo no trânsito. Óbvio que gastamos tempo para chegar ao trabalho, mas é tudo dentro do esperado”.
Na contramão da opinião do gerente bancário, o advogado Henrique Chaves afirma que os efeitos do crescimento de Campo Grande já são sentidos no trânsito da capital. “A mobilidade urbana da cidade está ficando complicada. As obras e instalações de semáforos nas rotatórias (Avenida Mato Grosso com a Via Park e Costa e Silva com a Gury Marques) ficaram boas, só que tinha que ter mais onda verde nos semáforos para dar mais vazão no trânsito”.
BICICLETAS COMPARTILHADAS:
Uma das alternativas que cidades vem adotando é o investimento em transportes rápidos e sustentáveis, para diminuir a quantidade de carros e emissão de gases poluentes. Um dos modais de transporte que vem ganhado destaque é o cicloviário. No início deste mês, a prefeitura de Campo Grande instituiu um grupo técnico para estudar a viabilidade de implantação do sistema de bicicletas compartilhadas aqui na capital.
Bikes compartilhadas tem o objetivo de fornecer um transporte rápido e barato, tanto para o trabalho como para o lazer. O engenheiro de computação, Matheus Mendes, conta que utilizou pela primeira vez uma bicicleta compartilhada há dois anos. "Usei por conta que queria passear no Parque das Nações Indígenas com a minha namorada, e a gente não queria comprar uma bicicleta porque fazemos passeios esporadicamente, passeios a cada dois meses, então não tinha necessidade de gastar tanto com uma bicicleta sendo que a gente podia usar as bicicletas compartilhadas".
O Superintendente de Planejamento e Gestão da Informação da Subsecretaria de Gestão e Projetos estratégicos (Sugepe), Rodrigo Giasante, explica sobre o estudo de implantação do projeto aqui na capital. "O estudo inicial prevê uma elaboração de uma minuta do projeto de lei que institui e disciplina o sistema de compartilhamento de bicicletas na capital. Esse sistema vai disponibilizar a locação de bicicletas que poderão ser retiradas e entregues em estações instaladas em diversos pontos da cidade. O usuário poderá locar a bicicleta por um período determinado, podendo ser minutos, horas, dias, meses ou ano. O valor será definido na fase de contratação da empresa".
Matheus Mendes acha excelente a ideia de inúmeros pontos para a locação das bicicletas. "Todas as cidades desenvolvidas que já visitei possuem esse serviço, e acho que seria de muito bom tom em Campo Grande. Facilita bastante a vida das pessoas que usam para passeio e que utilizam muito transporte no centro da cidade", frisou o engenheiro de computação.