Matéria publicada na edição desta sexta-feira (12) do jornal paraguaio, ABC Color, traz questionamento feito pelo governo paraguaio, através do Ministério das Relações Exteriores, de obras de revitalização com a duplicação da rodovia MS 164, na saída para o distrito de Nova Itamarati.
O material traz como enfoque a retirada de marco divisório em determinado trecho, nas imediações do bairro São Pedro, no lado brasileiro. No lado paraguaio nesse mesmo entorno, existe uma favela e área de ocupação.
Assinada pelo jornalista Gilberto Ruiz Diaz, o material aponta que funcionários da empresa responsável pela obra confirmaram a retirada do marco divisório pela necessidade de alargamento do trecho e mais “espaço para a duplicação”, mas que posteriormente o referido marco deverá ser recolocado no local.
Cita ainda que o governo de Mato Grosso do Sul, responsável pela obra, teria firmado um acordo com a intendência (prefeitura) de Pedro Juan Caballero para a realização da obra, quando através desse convênio, houve autorização supostamente para retirada de marcos divisórios no trecho onde a obra vem sendo executada.
A matéria não cita nenhum nome, mas aponta que “ocorreu visivelmente atentado à soberania do Paraguai, com invasão do território nacional e sobretudo, a retirada do marco divisório, fato ainda de maior gravidade, já que é um atentado direto ao território do Paraguai”, cita trecho da matéria jornalística.
DUPLICAÇÃO – A obra de duplicação da MS 164 vem sendo realizada a partir da rotatória do contorno viário norte, sentido Ponta Porã, onde a rodovia está recebendo ampliação da pista de rolamento.
O trecho questionado pelo governo paraguaio é entre duas curvas, sempre no sentido Ponta Porã, onde haviam dois marcos divisórios, um já retirado, conforme constatado.
O intendente de Pedro Juan Caballero, Ronald Acevedo, confirmou que existe um convênio firmado com a prefeitura de Ponta Porã visando agilizar e facilitar as obras de revitalização de toda a linha internacional, projeto este idealizado pela prefeitura de Ponta Porã com recursos do Fonplata, no entanto, conforme o prefeito da cidade paraguaia, tal convênio não prevê a retirada de marcos divisórios e que tal assunto deve ser tratado diretamente com o governo paraguaio.
No trecho questionado, a duplicação no lado direito, sentido Ponta Porã, avançou para o lado paraguaio do marco divisório.