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Frio

Pecuaristas estão em alerta com inverno

Especialista dá dicas para proteger rebanho durante temperaturas baixas

As consequências das baixas temperaturas podem ser fatais, principalmente na ocorrência de geadas. No mês de junho, mais de 1.500 cabeças de gado morreram em Mato Grosso do Sul, devido a uma forte onda de frio que atingiu todo o estado, segundo dados levantados pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).

Com a entrada de uma nova massa de ar frio em Mato Grosso do Sul, produtores rurais estão em estado de alerta para proteger animais, pastagens e lavouras das cadeias produtivas que sofrem com as quedas nas temperaturas.

A médica veterinária especializada em animais de grande porte Ana Cristina, indica que quanto melhor a condição corporal que o animal chega ao inverno, mais preparado ele estará para as baixas temperaturas. “A condição corporal vai conferir para o animal uma reserva que vai ajudar durante o período de gasto de energia, que é esse período de frio”.

Segundo Ana Cristina, animais em período de desmama ou fêmeas paridas são aqueles que demandam maior atenção. “Se esses animais não estiverem com uma nutrição equilibrada, a condição corporal deles estará mais fraca”. A veterinária relembra que o cuidado com o local onde os animais estão é essencial. Abrigos naturais como capões e locais elevados que não fiquem molhados é ideal para manter o lote.

Outro fator que a especialista aponta são as características do bovino andar em rebanho. “Eles andam em lote, então o abrigo deve ter condições de acomodar todo grupo, para evitar que algum animal fique exposto a uma condição de maior frio e o produtor acabe perdendo ele”. Segundo Ana Cristina, os maiores problemas que os animais encontram envolvem as variações de temperaturas entre o dia e a noite, características do Estado.

Durante o dia temos 20ºC, é um dia fresco, e à noite essa temperatura cai pra 5ºC. Isso não é incomum de acontecer em nosso inverno. O ideal é que os pecuaristas tenham abrigos nas invernadas para ajudar os animais a lidarem com essa variação térmica”.