O pedido de impeachment da prefeita Adriane Lopes (PP) protocolado na última segunda-feira (17) já está tramitando na Câmara Municipal de Campo Grande. O requerimento está sob a análise da Procuradoria Jurídica da Casa, cujo parecer, pelo acatamento ou arquivamento, terá do plenário a palavra final.
As informações são do presidente da Câmara Municipal, vereador Epaminondas Neto, o Papy, que apesar de não se manifestar sobre a questão formal do requerimento, admitiu que as denúncias são graves e que, de qualquer forma, devem ser apuradas.
O pedido de impeachment foi apresentado por Luso Queiróz, que disputou com Adriane Lopes o cargo de prefeito na eleição do ano passado, e pelo empresário Bruno Ortiz Barbosa.
No requerimento eles apontam a prática de crime contra a ordem tributária o fato de a prefeita ter deixado de reter na fonte o Imposto de Renda de um grupo de servidores, em especial daqueles que engordaram seus vencimentos beneficiados pelas folhas secretas, manobra que causou prejuízo aos cofres municipais de mais de R$ 386 milhões.
Não houve também a retenção das contribuições previdenciárias pertencentes ao Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), o que agravou ainda mais a situação financeira do órgão.
De acordo com o requerimento, Adriane Lopes estava ciente de que tanto o IR quanto a contribuição previdenciária deveriam ter sido retidos na fonte, já que em junho de 2023, em reunião com o delegado da Receita Federal, teria sido devidamente alertada.
Adriane Lopes foi formalmente denunciada à Polícia Federal e à Receita Federal pelo Instituto de Fiscalização e Controle (IFC), por ter agido com dolo na não retenção dos tributos, ato que pode resultar em improbidade administrativa e também em sanção penal.
Confira a coluna CBN em Pauta na íntegra: