A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), a senadora Soraya Thronicke (Podemos) e a ex-superintendente da Sudeco e ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) entrarão em 2025 indefinidas sobre o processo eleitoral de 2026. Simone, depois de concorrer à Presidência da República, em 2022, ficando em terceiro lugar, sonha em voltar ao Senado como representante de Mato Grosso do Sul.
Simone está consciente das dificuldades de ganhar eleição no estado, mesmo com projeção de uma política de referência nacional. Simone é bem conceituada como ministra, destacou-se na corrida presidencial, mas não conseguiu votação expressiva no estado, onde o eleitor é conservador, e Simone defendeu as pautas de esquerda. Tanto é que no segundo turno, apoiou Lula e ganhou um ministério como retribuição.
E a disputa para o Senado será acirrada. De um lado estará o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), do outro o senador Nelsinho Trad (PSD), que buscará a reeleição, e depois vem a Soraya tentando a reeleição. Por fora, corre ainda o Capitão Contar (PRTB), que alimenta a esperança de disputar uma vaga no Senado. Não será fácil.
Soraya era apenas uma advogada em atividade quando entrou na política em 2018 como candidata ao Senado. Foi eleita na onda bolsonarista. Ela era a grande sensação da direita por ser uma política caloura conquistando uma vaga de senadora. O então presidente Jair Bolsonaro gostava dela e o presidente do PSL, na época, deputado federal Luciano Bivar, viu na Soraya um futuro brilhante e entregou a presidência regional do partido para ela.
Não demorou muito para arrumar encrenca com os amigos de Bolsonaro no estado. Soraya isolou o deputado estadual Coronel Davi, brigou com hoje deputado federal Rodolfo Nogueira e se afastou do então deputado estadual Capitão Contar.
O PSL acabou se fundindo com o DEM para criar o União Brasil. Soraya rompeu com Bolsonaro e virou candidata a presidente da República, em 2022. Ela obteve uma votação pífia e, em Mato Grosso do Sul, deve perder o voto dos bolsonaristas para as eleições de 2026. Ela mesmo reconhece que terá de conquistar eleitor de outro perfil para se manter na política.
Soraya sonha com a reeleição ou, se não for possível, poderá concorrer a deputada federal pelo Podemos, partido que preside no estado. Ela deixou o União Brasil brigada depois das eleições de 2022 e perdeu o comando do partido para Rose Modesto.
E a Rose enfrenta o dilema sobre qual cargo irá concorrer nas eleições de 2026. Em 2022, ela deixou de concorrer à reeleição de deputada federal para tentar ao Governo do Estado. Nem passou para o segundo turno. Neste ano, Rose voltou a disputar a Prefeitura de Campo Grande e perdeu para a atual prefeita Adriane Lopes (PP).
Não há dúvida que Rose construiu um grande capital político. Mas não dá para arriscar o Senado, porque a concorrência é grande. Tentar, de novo, o Governo do Estado é outro desafio difícil até por falta, no momento, de apoio político. Foi o que aconteceu nas eleições municipais, Rose só tinha o PDT como aliado.
Diante desse cenário político, Rose pode voltar a disputar uma das 8 vagas na Câmara dos Deputados.
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