Na primeira quinzena de outubro, o Projeto Tatu-Canastra – desenvolvido em Mato Grosso do Sul – realizou uma captura histórica no Pantanal: o maior macho da espécie já registrado em 14 anos de trabalho.
O animal batizado de Wolfgang, mede 1 metro e 60 centímetros e pesa 36 quilos. Segundo a veterinária, Mayara Caiaffa, pesquisadora do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), o registro vai contribuir para o estudo reprodutivo da espécie.
“Colocamos um GPS nele. Agora, vamos conseguir monitorá-lo, saber onde ele tem andado, quais são os ambientes que ele usa, se ele encontrou alguma fêmea, se ele não encontrou […] ficamos muito felizes quando a gente encontra um novo animal que vai trazer muita informação para entendermos melhor a espécie e ajudar a conservar também essa espécie”, explicou Mayara.
Durante a entrevista ao Jornal CBN Campo Grande, a veterinária falou sobre o comportamento bicho, as outras espécies de tatu que vivem no estado e sua importância para a sobrevivência de outros animais.
“Temos registrado muitas interações com outros animais dentro da toca. Então, a gente considera que o tatu-canastra é um engenheiro do ecossistema, porque ao fazer essas tocas, ele ajuda várias outras espécies. Preservando o tatu-canastra, a gente está preservando várias outras espécies. Em nossas armadilhas fotográficas, por exemplo, a gente já viu tamanduá-mirim com um filhotinho, que deixa o filhote dentro da toca e vai procurar alimento. Ele deixa protegido dentro da toca”, destacou a pesquisadora.
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