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Ruim

Piora o índice da qualidade do ar em Campo Grande

Fumaça das queimadas encobre até o sol e deixa o visual cinza por toda a cidade, há risco para a saúde

Recorte de foto via satélite sobre Mato Grosso do Sul nesta segunda (20) - Reprodução/Inpe
Recorte de foto via satélite sobre Mato Grosso do Sul nesta segunda (20) - Reprodução/Inpe

A qualidade do ar voltou a atingir índice considerado RUIM nesta segunda-feira (20), pelo segundo dia consecutivo, conforme dados da estação de monitoramento instalada no campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), na Capital. 

O índice registrado nas primeiras horas da manhã foi de 92, quando o ideal para a saúde humana é de até 40 (BOA). Acima de 40 e abaixo de 80 a qualidade do ar é considerada MODERADA, e RUIM a partir de 80. 

Nesse domingo, o índice chegou a 97 e só não piorou devido à chuva que atingiu algumas regiões. No sábado (18) o índice era de 77. É a primeira vez neste ano que a qualidade do ar em Campo Grande atinge esse nível.

De acordo com o coordenador da Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar e professor do Instituto de Física da UFMS, Widinei Alves Fernandes, doutor em geofísica espacial, a fumaça é proveniente dos incêndios florestais no Pantanal e também na Amazônia e na Bolívia.

"Esse índice é calculado na concentração de diversos poluentes, gases e partículas, a partir da mesma metodologia utilizada em outros países como China, na Arábia Saudita, na Índia […] A exposição a essas partículas suspensas no ar potencializam bastante os riscos com ocorrência de AVC (Acidente Vascular Cerebral), problemas cardíacos e, principalmente, problemas respiratórios", alerta o professor.

Doutor Widinei explica ainda que a corrente de ventos, vinda do norte do país, se choca com a Cordilheira dos Andes e volta para o Brasil, dessa forma trazendo a fumaça nesta época do ano. Em outras épocas, a corrente traz umidade à Mato Grosso do Sul.