Ainda em andamento, um estudo inédito mostra que em áreas com eucalipto o solo emite menos dióxido de carbono (CO2) em comparação a outras culturas.
A pesquisa mapeia o fluxo de carbono no pantanal, mata atlântica e cerrado e em cada um deles avalia quatro diferentes usos e ocupação do solo – vegetação nativa, pastagem, cultura de soja e eucalipto.
O objetivo é identificar quais atuam como fontes das emissões de carbono e criar um modelo matemático preciso para uso via satélite.
O estudo foi financiado pelo governo do estado em mais de 7 milhões de reais, por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), o desenvolvimento é realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) no campus de Chapadão do Sul.
Resultados do estudo apontam que o eucalipto, independente do bioma, é a cultura que menos emite CO2, até mesmo quando comparada com a vegetação nativa, e a pastagem é a que mais emite.
O projeto foi destaque na 78ª Semana Oficial de Engenharia e Agronomia, que aconteceu em Gramado (RS) no início de agosto.
A fase de coleta de amostras de solo nos três biomas já foi concluída e as análises em laboratório estão em fase final. O próximo passo do estudo, que será realizado pelos membros da Geotecnologia Aplicada em Agricultura e Floresta (GAAF) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) é a criação de um modelo matemático e sensoriamento remoto que permita fazer medições em larga escala e com baixo custo.