Policiais civis e científicos de Mato Grosso do Sul intensificaram a pressão por um reajuste salarial, levando suas reivindicações à Assembleia Legislativa. Representantes dos sindicatos dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol) e dos Peritos Oficiais Forenses de MS (Sinpof), respectivamente, alertaram para a possibilidade de greve caso o Governo do Estado não apresente uma proposta satisfatória.
Durante a reunião com deputados estaduais, os sindicalistas destacaram a importância da valorização profissional e a necessidade de equiparar os salários dos servidores às melhores práticas do país. Segundo Sebastião Renato, vice-presidente do Sinpof, a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul é reconhecida nacionalmente por sua excelência, mas a baixa remuneração está levando profissionais altamente qualificados a migrarem para outros estados.
"Nós temos quadros de peritos extremamente renomados, com inúmeras pós-graduações, mestrado, doutorado, pós-doutorado, e nós estamos perdendo esse corpo extremamente qualificado para outros estados que pagam melhor", lamentou Renato.
O presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa, reforçou a importância da reunião e cobrou uma postura mais ativa do governo nas negociações. "A gente espera que o governo do Estado nos dê uma resposta, que recebamos uma reunião. Nós queremos avançar e esperamos que o governo também cumpra o que prometeu para nós", afirmou.
Entre as principais reivindicações da categoria estão a inclusão dos servidores nos seis primeiros salários do país, a extensão do auxílio-saúde a todos os policiais civis e a correção de outras distorções salariais.
Caso não haja avanços nas negociações, os policiais civis e científicos pretendem intensificar a paralisação dos serviços. A categoria já realizou manifestações e, para a próxima semana, na quinta-feira, está prevista uma paralisação de 24 horas em todo o estado.
O deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), representante da comissão criada pela Assembleia Legislativa para mediar as negociações, afirmou que a Casa já agendou uma reunião com o Executivo Estadual e que o diálogo será fundamental para solucionar a crise. "A lógica é que a paralisação nunca é a melhor solução, né? O diálogo é sempre melhor", disse Caravina.