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Policiais Penais cobram providências da Agepen após atentado na Máxima

Após bilhete contendo ameaças e troca de tiros, classe cobra resposta enfática do Estado

Fachada do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande - Foto: Arquivo/CBN-CG
Fachada do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande - Foto: Arquivo/CBN-CG

A troca de tiros ocorrida nas muralhas da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande no último fim de semana acendeu o alerta sobre a segurança dos estabelecimentos penais de Mato Grosso do Sul e a ousadia dos criminosos.

O incidente, que resultou na morte de um suspeito, gerou cobranças por medidas mais efetivas para garantir a segurança dos servidores e coibir novas tentativas de ataques.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Sinsap/MS), André Santiago afirma que os servidores penais estão se sentindo abandonados pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) em relação à falta de ações para inibir novos ataques."Eles estão se sentindo abandonados. Nós já estamos acostumados, na nossa profissão, com ameaças, mas a indignação deles, justamente da gestão, não dá uma resposta altura ao crime organizado", ressaltou o presidente do sindicato.

Santiago também destaca que a profissão de policial penal é extremamente arriscada e que novos ataques podem acontecer. "É uma profissão tão arriscada que nós temos um tipo de sentimento de de irmandade de corporativismo que a gente é pelo próximo. O polical penal é um herói e ele que está mantendo o sistema prisional de pé", afirmou.

O presidente do Sinsap/MS cobrou medidas imediatas do Estado para garantir a segurança dos servidores e coibir novos ataques. "Já denunciamos às autoridades do Estado que outras catástrofes poderiam ocorrer. Infelizmente, já começou a ocorrer e se o Estado não der uma resposta imediata contra essa atitude, vai incentivar esses os criminosos e transformar isso em algo corriqueiro", alertou André Santiago.

TIROTEIO – A troca de tiros ocorreu no domingo (19). A ação teve início com a movimentação suspeita de pessoas em um terreno baldio próximo à unidade prisional. Ao serem flagrados pelo monitoramento da penitenciária, os indivíduos iniciaram disparos contra os servidores que estavam nas torres de segurança. O Batalhão de Choque foi acionado e, após um confronto, um dos suspeitos foi morto.

De acordo com André Santiago a ação pode ter sido um atentado contra os servidores, visto que bilhetes com ameaças foram encontrados na unidade prisional.

Em nota, a Agepen informou que o serviço de inteligência da agência está apurando as reais circunstâncias e motivações do ocorrido. A agência também destacou que vem adotando medidas para reforçar a segurança no local, entre elas a instalação de telamentos sobre os pavilhões, com o objetivo de coibir arremessos de ilícitos nos pátios.

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