Tradição de décadas na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, a brincadeira da “guerra d´água” voltará a acontecer neste carnaval, após cancelamentos, devido a pandemia. A “guerra” reúne jovens e adultos que jogam bexigas de água na Avenida Brasil, centro da cidade.
Mesmo sem o carnaval de rua, assim como acontece com a maioria dos municípios do interior, Ponta Porã continua com a tradicional "guerra dágua" neste domingo (27) e na terça-feira (1º) com regras específicas, como hora para começar e terminar, será das 13h às 17h, dentre outras limitações impostas pela organização.
A expectativa fica por conta da participação do tradicional “Bloco dos sujos” como todos os anos se apresenta sempre no final da guerra d'água onde participam centenas de pessoas, tanto do lado brasileiro, quanto do paraguaio. A segurança ficará por conta da Guarda Civil Municipal de Fronteira, Agentes de Trânsito e Policia Militar.
A "guerra d’água" é um evento tradicional da cidade, que ocorre todos os anos, onde os foliões se divertem jogando balões de água em quem participa da brincadeira em área demarcada, não tendo custos para a sua realização. A brincadeira é regulamentada por lei.
Regras:
As regras básicas de conduta orientam os foliões, que a guerra d’água é uma tradição criada na fronteira Ponta Porã/Pedro Juan Caballero – PY, como uma manifestação popular voluntária que busca a integração entre as pessoas que aderirem a brincadeira. Determina o local designado por lei que será na Avenida Brasil defronte ao Posto da PM, até na esquina com O Banco do Brasil. nos sentidos Bairro/Centro, Centro/Bairro.
A organização salienta que somente nesse local será permitida a brincadeira que consiste em jogar água limpa com “balõezinhos” ou outros recipientes de forma que não venha agredir a terceiro causando-lhe lesões, e terá início das 13 horas às 17 horas no domingo do carnaval e na terça-feira. Aquele que causar danos de qualquer espécie a terceiros terá por obrigação de reparar, ou seja, quebrar vidros de carros, retrovisor, amassarem a lataria, ou danos em residência, será denunciado aos órgãos policiais competentes para as devidas providências.
A Polícia Militar de Ponta Porã e a Guarda Civil Municipal de Fronteira farão a devida manutenção da ordem pública e aquele que infringir responderá pelos seus atos, material e criminalmente. A organização do evento não se responsabilizará por danos causados por outrem, cada um responde pelos seus atos. A organização comunicará aos órgãos policiais qualquer ato que venha causar algum tipo de danos material, física e moralmente aos participantes. Todos os participantes serão conhecedores dos riscos que possa vir a sofrer ao serem atingidos pelos balões. Faixas contendo alerta sobre o local da guerra d’água serão afixados no local, bem como o início e o término da mesma.
Tradição
Segundo o Secretário de Segurança do município, Marcelino Nunes de Oliveira, a tradicional guerra d'água teria tido início em Concepción, cidade paraguaia que de clima quente, que fica às margens do rio Paraguai.
“As festividades carnavalescas duravam toda a madrugada e, um dia, um grupo teve a brilhante ideia de acordar os foliões beberrões jogando água um nos outros, para curar a ressaca. Aquilo foi se espalhando por toda cidade até chegar à fronteira brasileira e contagiar a todos”, explicou o secretário.