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Preço da carne pode variar em até 30% nos açougues de Campo Grande

Consumidores recorrem à pesquisa de preços e substituições no cardápio para contornar a alta e variação nos açougues

Consumidores recorrem à pesquisa de preços e substituições no cardápio para contornar a alta e variação nos açougues
Consumidores recorrem à pesquisa de preços e substituições no cardápio para contornar a alta e variação nos açougues | Foto: Arquivo/JP

A alta dos preços da carne bovina está cada vez mais sentida nos açougues de Campo Grande. No mês de outubro, o custo médio da carne subiu 8,71%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.

Cortes populares como costela e patinho lideraram as altas, com elevações de 13,25% e 9,46%, respectivamente.

De acordo com o economista Aldo Barrigosse, a inflação na carne bovina é resultado de uma combinação de fatores:

A questão climática reduziu a disponibilidade de pasto, o que aumenta o custo de produção. Com menos pasto, os animais precisam ser confinados e suplementados, o que encarece o processo. Além disso, a alta demanda internacional pela carne brasileira, incluindo a produção do Mato Grosso do Sul, pressiona o mercado interno, pois grande parte da oferta é direcionada para exportação.”

Com os preços em alta, muitos consumidores têm alterado seus hábitos de consumo. Em uma pesquisa realizada pela Rádio CBN Campo Grande, foi constatado que os valores de cortes de primeira, como patinho, coxão mole e coxão duro podem variar até 31% entre açougues da capital. O quilo do patinho, por exemplo, pode ser encontrado entre R$ 37,99 e R$ 49,99, dependendo do estabelecimento.

Diante da situação, consumidores buscam alternativas para driblar o aumento e variação dos preços. A cuidadora Edilma Alves comenta que tem feito pesquisa de preços para encontrar as melhores ofertas. “Tudo aumentou; a carne parece que virou ouro. Eu procuro os dias em que está mais barato para conseguir comprar.”

Para a aposentada Cláudia Cristina, a solução tem sido reduzir o consumo de carne e buscar alternativas. “O jeito agora é variar. Diminuímos o consumo semanal e aumentamos a quantidade de vegetais, legumes e frango.”