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Preço do gás de cozinha segue em alta e pode chegar a R$ 150 em Mato Grosso do Sul

Reajustes mensais e alta do dólar elevam preço do gás, impactando revendedores e famílias sul-mato-grossenses

Reajustes mensais e alta do dólar elevam preço do gás, impactando revendedores e famílias sul-mato-grossenses - Foto: Divulgação/Agência Brasil
Reajustes mensais e alta do dólar elevam preço do gás, impactando revendedores e famílias sul-mato-grossenses - Foto: Divulgação/Agência Brasil

O preço do gás de cozinha continua subindo em Mato Grosso do Sul e pode atingir R$ 150 em algumas cidades do interior do estado ainda neste mês. Em Campo Grande, o valor médio do botijão de 13 kg já está na casa dos R$ 140, enquanto em municípios mais afastados o custo adicional do frete contribui para um preço ainda mais alto.

De acordo com o presidente do Sindicato das Micro e Pequenas Empresas e Revendedores de Gás de Mato Grosso do Sul (Simpergarsc-MS), Vilson de Lima, o aumento está diretamente ligado à nova política de precificação da Petrobras, que adotou um sistema de leilões mensais para a comercialização do gás desde novembro de 2024.

O preço do gás hoje é baseada numa nova modalidade da Petrobras. O reajuste é mensal nos preços realizados por meio de leilões, né? Desde novembro de 2024. E essa alteração na política da precificação da estatal tem refletido diretamente nos preços pagos pelas distribuidoras. E consequentemente no valor final pago pelo consumidor”, explica.

Além da política de leilões, outro fator que tem impactado no preço do gás é a alta do dólar, que influencia diretamente os custos operacionais do setor. Para os revendedores, a situação também é desafiadora, já que os custos logísticos aumentaram e a margem de lucro ficou reduzida.

Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com mais de 1.500 revendedores de gás, sendo cerca de 300 apenas em Campo Grande.v

Para os consumidores, o aumento do preço tem pesado no orçamento doméstico. A diarista Lucimara Ramos relata a dificuldade em arcar com mais essa despesa.

“O preço do gás está um absurdo. Me lembro de pagar 120 reais a última vez e dura só um mês, porque eu utilizo todos os dias na minha casa. Se subir para 150 reais, estamos enrolados. Vamos trabalhar só para pagar gás e comer? Quem aguenta com esse preço? Tentar diminuir, usar menos o gás é impossível, porque eu tenho uma família grande e a essência é o gás em minha casa. Então, assim, não tem condições de a gente pagar 150 reais”, desabafa.