No CBN em Pauta desta terça-feira (1º), o colunista Edir Viegas analisou o novo anúncio da prefeitura de Campo Grande sobre realização de cirurgias eletivas. Em parceira com o Hospital Adventista do Pênfigo, o município projeta ofertar até 240 cirurgias por mês para pacientes que estão na fila de espera do SUS. Cerca de 12 mil pessoas estão nessa condição na capital e desta forma, seriam necessários quatro anos para atender a todo esse público. Viegas questionou se as pessoas vão estar vivas até lá para serem atendidas.
O prefeito ainda vetou integralmente um projeto de lei da Câmara dos Vereadores que propõe a criação de um programa para atender pacientes que estão na fila de espera do SUS. Na justificativa, o município diz que a população ao votar em um candidato escolhe também o plano que o mesmo tem para as áreas, como a saúde, por exemplo. Além disso, ainda aponta que a destinação dos recursos para esses procedimentos iria retirar a verba destinada para o enfrentamento da pandemia, o que seria uma “escolha de morte”.
Em meio a essas explicações, Viegas disse que Marquinhos Trad (PSD) se atrapalha nas justificativas e não encontra uma solução para a fila de espera das cirurgias na capital. “Se o prefeito negligencia programas estaduais que oferecem recursos para resolver, se o prefeito veta uma lei com o condão de resolver o programa, quem está a favor da saúde e quem não? O prefeito mais uma vez tropeça nos próprios argumentos e não consegue dar solução e muito menos encaminhamento de uma solução para esse problema das cirurgias eletivas. A população que está na fila corre o risco de entrar naquilo que ele coloca como ‘escolha da morte’”.
Confira o CBN Em Pauta desta terça-feira (1º).