A retomada das obras de revitalização do Centro Municipal de Belas Artes, em Campo Grande, deve ocorrer ainda neste mês de fevereiro. Nesta sexta-feira (25), a prefeitura da Capital assina a ordem de serviço que marca o início das atividades no prédio localizado no bairro Cabreúva, região centro-norte da cidade.
Segundo o município, a empresa Orkan Construtora, de Sidrolândia, venceu a licitação e receberá R$ 4 milhões pelo contrato. Os primeiros serviços incluem desobstrução da canalização de água e esgoto, para daí então, iniciar os trabalhos de reconstrução da parte danificada na instalação ao longo dos anos em que o prédio ficou abandonado. A área total da estrutura é de 16 mil metros quadrados, e uma parceria público-privada, deve ser feita para a conclusão.
O projeto, que foi readequado pelos arquitetos da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), prevê intervenções no subsolo onde, em princípio, poderá funcionar o Arquivo Histórico Municipal e o 1º andar, que deve abrigar também Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur).
No subsolo, há espaço para o acervo do arquivo municipal e biblioteca. Ainda no 1º andar estão previstas salas de dança, duas salas de multiuso (uma delas com 650 lugares) e um auditório com 124 lugares.
O projeto contempla ainda um pórtico de entrada, uma estrutura para separar a parte que será concluída do restante do prédio inacabado, pavimentação do pátio e Base de apoio da Guarda Civil Metropolitana. Junto com a conclusão desta primeira etapa do Belas Artes, a Prefeitura vai trabalhar para viabilizar parceria público-privada que garanta a conclusão e o aproveitamento do restante da estrutura (12.400 metros quadrados).
Como parte do Reviva Mais Campo Grande, num entorno próximo ao Belas Artes, a Prefeitura pretende construir 498 apartamentos destinados a famílias com renda de até 5 salários mínimos.
Histórico da “Belas Artes”
A obra que será retomada agora foi iniciada pelo Governo do Estado em 1991. A mesma foi projetada inicialmente para sediar o terminal rodoviário da Capital. A construção parou em 1994. Em 2006 foi repassada à prefeitura que na época decidiu adequar o espaço para ser o Centro Municipal de Belas Artes e outro terminal rodoviário foi construído e inaugurado na região sul da cidade. Com a nova destinação do prédio no bairro Cabreúva, a obra foi retomada em 2008, quando foi assinado contrato de mais de R$ 6 milhões para a Mark Engenharia executar o projeto.
Em 2013, quando 80% da obra estava executada, os atrasos nos repasses provocaram nova paralisação. A empreiteira entrou na Justiça para cobrar supostos créditos pendentes. Em 2017, a atual gestão fez acordo com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul para continuar a obra. A Prefeitura viabilizou recursos do Finisa, fez nova licitação e, em 2020 assinou contrato com a Vale Engenharia, vencedora da concorrência pública.
Em maio de 2020, a Justiça suspendeu a retomada da obra em função da perícia realizada descobrir que o Município ainda devia à empresa que começou a obra. Com a demora no desfecho do processo, a Vale Engenharia e Construção pediu rescisão do contrato, porque as planilhas de custo ficaram defasadas. E em novembro foi aberta a nova licitação, que teve participação de sete empresas.
*Com informações da Assessoria de Comunicação PMCG