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Preso brasileiro suspeito de liderar assalto milionário a doleiros paraguaios

Fábio Dornaldo de Moraes Schultz foi localizado no Paraguai, próximo à região de Coronel Sapucaia (MS); ele tem mandado de prisão em aberto pela Justiça de MS

Fábio Dornaldo de Moraes Schultz
Fábio Dornaldo de Moraes Schultz

A Polícia Nacional do Paraguai capturou, na manhã desta quinta-feira (15), o homem suspeito de liderar o grupo criminoso que, no início do mês, cometeu o mega-assalto na Associação dos Trabalhadores de Câmbio, em Ciudad del Este. 

O brasileiro Fábio Dornaldo de Moraes Schultz, de 42 anos, conhecido como "Gordinho", foi identificado a partir de imagens de uma câmera de segurança e estava sendo procurado também pela polícia brasileira. 

Fábio têm mandado de prisão em aberto, expedido pela Justiça de Mato Grosso do Sul, em Coronel Sapucaia, onde responde a processo por crime de receptação. Em 2018, ele foi preso em flagrante e depois libertado. Em outubro do ano passado, Gordinho teve a liberdade condicional revogada pela Justiça de MS.

Nesta quinta-feira, ele foi encontrado escondido em uma mata, em Capitán Bado, na fronteira do Paraguai com a cidade de Coronel Sapucaia. A Polícia paraguaia recebeu denúncias sobre a presença de alguns brasileiros, em situação suspeita, dentro da mata. Ao perceberem a chegada dos policiais, Fábio e um comparsa tentaram fugir, mas acabaram presos. 

Gordinho estaria com as mesmas roupas do dia do crime, apenas a camiseta era usada no lado avesso. A polícia paraguaia informou que ele teria planejado e coordenado o crime, e que imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Fábio carregou caixas com o dinheiro roubado para dentro de uma van. 

O outro homem preso, de nacionalidade paraguaia, teria sido o responsável por dirigir o carro com o dinheiro após o assalto e também de incendiar o veículo.

Para cometer o crime, em Ciudad del Este, os bandidos alugaram um imóvel comercial e cavaram um túnel com 150 metros de comprimento para terem acesso à sala de cofres da Associação, onde os cambistas guardavam grandes quantidades de dinheiro em espécie. Os valores roubados pelo grupo ainda não foram divulgados.

As investigações do Departamento Antinarcóticos, do Departamento Contra o Crime Organizado e do Departamento de Investigações de Atos Puníveis do Alto Paraná apontam ainda que os criminosos demoraram mais de um ano para planejar, construir o túnel e executar o roubo na cidade paraguaia. Até o momento, 15 suspeitos de participação no roubo já foram identificados.

A produção da Rádio CBN Campo Grande não conseguiu contato com a defesa de Fábio.