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Entrevista

Procurador-geral ressalta ação do MPMS como pioneiro no uso tecnológico

'Robô Ficha Limpa' reduz tempo de análise

Alexandre Magno Benites de Lacerda
Alexandre Magno Benites de Lacerda

Nesta segunda-feira (19), o Jornal CBN Campo Grande recebeu o Procurador-Geral do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), Alexandre Magno Benites de Lacerda. Entre os assuntos abordados com chefe do MPMS, estão:  o enfrentamento ao crime organizado, a rede de proteção à criança, o atendimento à saúde pública e a participação fiscalizadora da instituição nas eleições municipais.

De acordo com Lacerda, o uso da inteligência artifical será a grande ferramenta de enfrentamento às fake news neste ano eleitoral. Ele que atua também como Coordenador Nacional do Ministério Público Eleitoral dos Estados, ressaltou o trabalho pioneiro desenvolvido em Mato Grosso do Sul.  

"Estamos investindo pesado em tecnologia com o uso da inteligência artificial. Por exemplo, tem um programa nosso, que é um robô da ficha limpa. A análise da documentação de quem é, praticou algum crime, no tribunal de contas, um processo na justiça. Nós temos um sistema desenvolvido na eleição passada que foi compartilhado em todo o Brasil que efetivamente a inteligência artifical, criada pelo MPMS, ele análisa em 10 segundos, uma coisa que levava uma semana e 40 homens, e recebeu prêmios nacionais como um dos melhores projetos de desenvolvimento de tecnologia para sistema de justiça".

Ainda segundo o procurador-geral, outros programas seguem sendo desenvolvidos para apurar a origem da informação em redes sociais.

No próximo mês, será celebrado o mês da mulher. Para a data, a Secretaria Nacional de Segurança Pública vai realizar, em todo o país, uma ação integrada para combater crimes de violência praticados contra a mulher, em razão do gênero, denominada 'Operação Átria'. De acordo com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, só este ano já foram registrados 4 feminicídios em Mato Grosso do Sul. Apesar dos altos índices de violência contra a mulher no estado, o Lacerda acredita que isso pode ser explicado pela própria estrutura de proteção.

"Efetivamente Mato Grosso do Sul é lembrado pelo altíssimo nível, mas eu afirmo que Mato Grosso do Sul tem um altíssimo número – frente ao resto do país – porque nós trabalhamos. Quando você trabalha, você detecta, você acompanha – porque a violência doméstica é silenciosa – se efetivamente o estado está presente como Casa da Mulher Brasileira aqui em Campo Grande, que vai sair em Dourados e outros locais – que nós assinamos convênio – você atrai o problema, quando você atrai o problema você tem números".

Acompanhe a entrevista completa.