O lançamento do programa Cidadania Viva aconteceu nesta quinta-feira (01), no terraço do Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho, espaço físico no qual o programa está instalado. O local também poderá ser utilizado por entidades que tenham pautas públicas em acordo com as do Cidadania Viva. O projeto, que está previsto em lei e foi promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura (Sesic), selecionou jovens para praticarem a cidadania e inclusão social em suas comunidades.
Promover a inclusão social, incentivar o diálogo e levar informação para as comunidades, esses são os objetivos do projeto Cidadania Viva. Para tanto o programa selecionou 71 jovens, entre mais de 350 concorrentes, com idades entre 16 a 29 anos. Os selecionados vão atuar nos quatro pilares do programa: Vozes Cidadãs, Prosa Cidadã, Pontes para Cidadania e Rota Cidadã.
De acordo com a monitora social, Isabela Barbosa, a identificação com o projeto era um dos pré-requisitos para a seleção. Isabela é estudante do curso de história na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e disse que a conexão com o bairro onde mora foi o que trouxe o interesse em participar da iniciativa. "O projeto tem uma aplicabilidade muito prática né, de ir aos jovens através de vários projetos, conseguir fomentar a criticidade e a reflexão. E eu sou fruto de um programa social no meu bairro, que é o Maria Aparecida Pedrossian. A minha mãe era mão solo, tinha quatro filhos, então ela não tinha dinheiro para contratar uma babá. Ela deixava eu e meus irmãos nesse projeto. Então eu tenho uma conexão muito forme com o Cidadania Viva, vai além da minha profissão, de professora, historiadora e acadêmica, tem uma relação com o que eu sou, então eu to muito feliz de participar", contou.
Como incentivo, os jovens participantes vão receber bolsas que variam de R$ 700 à R$ 4.200, dependendo da função que eles vão exercer dentro do programa. Os cargos são distribuidos das seguintes formas: monitores sociais (50), supervisores (10), coordenadores regionais (10) e coordenador geral (1). Por meio dessa divisão, a expectativa é de que a Cidadania Viva chegue cada vez mais longe nas comunidades da capital. O Programa está em sintonia com a Agenda 2030 da ONU, que elenca 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), compostos por 169 metas, entre elas a erradicação da pobreza e a promoção da dignidade para todos.
O Secretário de Estado de Cidadania e Cultura, João César Mattogrosso, estava presente no lançamento do projeto e explicou que a ideia surgiu logo no começo de seu mandato em conjunto com o secretário adjunto Eduardo Romero, afim de fazer uma política de direito transversal. "Depois com várias outras mãos e contrubuições, nós pensamos e leaboramos esse belíssimo projeto que está sendo inaugurado hoje, logo no nosso último dia. Então entramos com a ideia, e saímos com a entrega e conclusão do trabalho", declarou o secretário.
O estudante de Biologia da UFMS, Caio Augusto, também foi selecionado. O futuro professor contou que já sabe como aplicar os conhecimentos do programa em sua comunidade. "Quando eu pensava em ser professor essa questão de ficar preso ao conteúdo de biologia, pra mim, era uma ideia muito raza, básica e vendo aqui no projeto a cultura fazendo parte da sala de aula você percebe que a educação vai muito além do conteúdo exposto", contou.
Enquanto professor, Caio quer potencializar os conhecimentos e habilidades dos futuros alunos, contribuindo ainda mais para comunidade do São Conrado, onde mora atualmente. "Lá não tem uma estrutura boa, não tem nem asfalto, a escola que tem lá é totalmente precária. Os alunos não tem perspectiva do que é uma universidade, nem do que é um laboratório. E quando o Cidadania Viva propôs descentralizar a cultura e conhecimentos que estão presentes em museus e universidades, eu vi que com certeza é uma boa levar isso para o bairro", completou a o monitor social.