O projeto Mídia Ciência, em colaboração com o Sebrae e o Governo do Estado, lança o documentário “Mulheres na Ciência” durante o Agosto Lilás. A produção surge a partir de uma análise que revelou a extrema desigualdade de gênero na produção científica. O documentário é uma iniciativa da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em parceria com a Fundação de Apoio à Ciência, Pesquisa e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), e visa popularizar a ciência por meio de conteúdos informativos e envolventes.
“Mulheres na Ciência” explora histórias reais de cientistas, detalhando suas trajetórias e desafios na área. O documentário combina entrevistas íntimas com 16 mulheres e cenas encenadas. A narrativa é estruturada a partir de uma carta escrita por uma personagem modelo para uma amiga, a qual quebra o estereótipo tradicional feminino.
O documentário aborda temas como as pressões sobre as pesquisadoras, a dupla jornada de trabalho, salários desiguais e a experiência em ambientes predominantemente masculinos. A estreia acontecerá na quinta-feira, 29, às 18h, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo. Confirmadas para o evento estão a primeira-dama, Mônica Riedel, a Secretária de Direitos Humanos, Patria Cozzilino, e a Secretária da Cidadania, Viviane Luiza da Silva.
André Mazini, Coordenador Geral do projeto, explica que a iniciativa visa identificar e abordar problemas comuns enfrentados pelas mulheres na ciência, que podem influenciar políticas públicas. O Agosto Lilás é um mês dedicado à conscientização e combate à violência contra a mulher. Um dos objetivos é que o documentário seja exibido em escolas e festivais para reconhecer a importância da trajetória feminina na ciência.
De acordo com o relatório da Elsevier-Bor, "Em Direção à Equidade de Gênero na Pesquisa no Brasil", o país ocupa a terceira posição global em participação feminina na pesquisa científica. O relatório também destaca um aumento significativo na presença de mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), com a participação feminina passando de 35% em 2002 para 45% em 2022.