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NA ALEMS

Proposta de isenção para os aposentados foi aprovada e segue para redação final

Projeto de Lei vai elevar a base de cálculo das contribuições previdenciárias de aposentados e pensionistas com doenças incapacitantes

última sessão plenária da semana realizada nesta quinta-feira (5) na Alems - Foto: Gerson Wassouf/CBN-CG
última sessão plenária da semana realizada nesta quinta-feira (5) na Alems - Foto: Gerson Wassouf/CBN-CG

Na manhã desta quinta-feira (5), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, os deputados estaduais aprovaram em 2ª discussão o Projeto de Lei do Poder Executivo que atende a uma parcela dos aposentados e pensionistas do Estado, beneficiando cerca de 3 mil pessoas. A proposta, aprovada por unanimidade entre os parlamentares com 20 votos favoráveis, prevê que aposentados que ganham até 3 salários terão a isenção dos 14% cobrados mensalmente pela previdência. O texto agora segue para redação final na próxima semana, antes de ser sancionado pelo Governo do Estado.

A proposta altera a Lei 3.150/2005 para elevar a base de cálculo das contribuições previdenciárias de aposentados e pensionistas com doença incapacitante, em caso de déficit atuarial do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Atualmente, recolhem os que recebem o correspondente a mais de um salário mínimo nacional. Com a alteração proposta, após pedido da categoria e intermediação da Comissão Temporária de Representação para Monitoramento e Acompanhamento do Déficit Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social (MSPREV), a incidência será sobre a remuneração equivalente a mais de três salários.

"Chegamos, depois de quatro meses negociando com o Governo do Estado e com a comissão de aposentados, a uma proposta que poderia, de fato, ser aceita também em razão dos limites orçamentares pelo Governo. É importante destacar que foi apresentada uma emenda, portanto esse projeto, assim que for sancionado pelo governador, entra em vigor a partir de 1º de setembro", explicou o deputado estadual Paulo Duarte (PSB), que é presidente da Comissão Temporária de Representação para Acompanhamento e Monitoramento do Déficit Atuarial do Regime de Previdência Social de Mato Grosso do Sul (MSPrev) na Alems.

Também integram a comissão os deputados Pedrossian Neto (PSD), Gleice Jane (PT), Roberto Hashioka (União), Pedro Kemp (PT), Mara Caseiro (PSDB) e Renato Câmara (MDB).

A aposentada da área da saúde, Auxiliadora Darc Barbosa, esteve na Casa de Leis nesta manhã junto a um grupo de outros 20 aposentados para acompanhar a votação do projeto. Segundo ela, a proposta é um avanço diante da reivindicação feita por eles, mas esse ainda é só o começo de um longo diálogo junto ao Governo Estadual até que o principal pedido da classe seja atendido: isenção da cobrança previdenciária (14%) sobre os benefícios pagos aos aposentados e pensionistas até o valor do teto nacional pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Grupo de aposentados presente nesta manhã na Alems

"No primeiro momento ficamos felizes, principalmente pelos nossos colegas que têm comorbidade, mas essa é uma luta que está iniciando na realidade. Agora começa a outra etapa, que é a isenção dos 14% para os demais, os 28 mil servidores públicos que não têm comorbidades. Então a gente vai sentar novamente com o governo e vamos começar a discussão a respeito dessa outra faceta dos servidores públicos que são aqueles que, graças a Deus, não têm doença. Vamos continuar nos mobilizando na Assembleia", explicou a aposentada.

Novo capítulo

Neste ano, esse foi o segundo Projeto de Lei elaborado para os aposentados. O governo do Estado protocolou, no dia 27 de março, um PL que concede benefício de assistência médico-social aos aposentados e aos pensionistas de Mato Grosso do Sul. A iniciativa definiu que o pagamento fosse para todos que recebem até o teto do INSS, que atualmente é de R$ 7.786,02.

As Secretarias de Administração, de Governo e Gestão Estratégica e a Assembleia Legislativa conduziram a construção da proposta, avançando até o projeto de lei que beneficia 11.150 servidores desde o mês de abril.

O valor do auxílio é de R$ 300,00 e o impacto do benefício é de R$ 3,2 milhões ao mês que saem dos cofres próprios do governo do Estado, sem usar os recursos do fundo previdenciário da Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul (Ageprev).