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Proposta de redução da jornada de trabalho divide opiniões e acende debate sobre produtividade

Enquanto iniciativa é celebrada por seu potencial de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, especialistas apontam desafios econômicos que podem comprometer sua viabilidade

Enquanto iniciativa é celebrada por seu potencial de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, especialistas apontam desafios econômicos que podem comprometer sua viabilidade
Enquanto iniciativa é celebrada por seu potencial de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, especialistas apontam desafios econômicos que podem comprometer sua viabilidade | Foto: Reprodução/Governo de MS

A proposta de emenda à Constituição que busca reduzir a jornada de trabalho de 6×1 para 4×3, com uma carga horária semanal de 36 horas, promete trazer mudanças significativas ao mercado de trabalho brasileiro. Enquanto a iniciativa é celebrada por seu potencial de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, especialistas apontam desafios econômicos que podem comprometer sua viabilidade.

Na coluna CBN Finanças desta sexta-feira (15), Hudson Garcia comentou que a produtividade no Brasil, já historicamente baixa, levanta preocupações sobre os impactos dessa medida.

Segundo o Observatório da Produtividade Regis Bonelli, no segundo trimestre de 2024, a produtividade total dos fatores caiu 1,4%, mesmo com a retomada econômica após a pandemia. Entre 2013 e 2023, a indústria brasileira acumulou uma queda de 1,2% na produtividade média, conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A redução da jornada para 4×3 sem um aumento significativo na produtividade pode pressionar as empresas, elevando os custos trabalhistas. Estimativas da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) indicam que a mudança poderia gerar um acréscimo anual de R$ 115,9 bilhões em custos salariais, representando um aumento de 15,1% nos gastos com pessoal.

Setores intensivos em mão de obra, como manufatura e serviços, seriam os mais impactados, com destaque para áreas como petróleo e gás, que registrariam uma elevação de até 19,3%.

Confira a coluna na íntegra: