O PT é hoje o principal alvo da direita na corrida pelo poder no Brasil. Mas em Mato Grosso do Sul, território eminentemente conservador, os petistas buscam a moderação para se unirem à direita nas eleições de 2026.
Essa aliança tem uma lógica: eleição para o Senado. A velha guarda petista quer apoio da direita para a eleição do deputado federal Vander Loubet ao Senado. Para executar esse plano eleitoral, Vander defende publicamente a migração do PT para centro-direita.
Nas eleições de 2022, parte do PT já fazia campanha para Eduardo Riedel (PSDB) no primeiro turno. Um dele era nada menos que o ex-governador Zeca do PT, eleito deputado estadual. Hoje os petistas fazem parte da administração de Riedel. Eles estão no mesmo governo com bolsonaristas.
Só que os bolsonaristas até podem dividir espaço no governo Riedel, mas não apoiariam no cenário atual a eleição de um petista para o Senado. Nada contra Vander, com quem mantém boa relação. É contra o PT.
A meta dos bolsonaristas é eleger os dois senadores de Mato Grosso do Sul com a missão de aprovar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), algoz do ex-presidente Jair Bolsonaro.
E Vander seria uma das barreiras para os bolsonaristas afastarem Moraes. Como a direita em Mato Grosso do Sul é dividida, Vander procura contar com os conservadores não ligados diretamente a Bolsonaro. É o caso do governador Eduardo Riedel.
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